The challenges of agriculture and new technologies for the future of production.

A demanda por alimentos e o crescimento populacional trazem para a produção agrícola, inúmeros desafios e oportunidades. Tornar as práticas agropecuárias mais eficientes ao mesmo tempo em que se preserva e, inclusive, recupera o meio-ambiente é o principal anseio da sociedade atual. As mudanças climáticas, degradação dos solos e perda da biodiversidade tem sido alguns danos ocasionados pelo mau uso da terra, o que torna imprescindível a restauração da natureza para enfrentar possíveis crises no ecossistema. Técnicas de manejo utilizadas sem discriminação podem impactar a fertilidade do solo e a resiliência das atividades agrícolas. Nesse sentido, a perda de solos produtivos traz grande prejuízo para a produção de alimentos e a segurança alimentar. Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), existem cerca de 130 milhões de hectares de pastagens degradadas que precisam de restauração. Além disso, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) calcula que a temperatura média global do planeta pode sofrer um aumento 1,8°C e 4,0°C nos próximos 100 anos, configurando um impacto significativo para o meio-ambiente e para a sociedade. Isso significa que os esforços de conservação por si só não são suficientes para evitar o uso indiscriminado de recursos naturais e a perda da biodiversidade. Em virtude desse cenário, o objetivo das práticas agrícolas de regeneração é produzir mais com menos. Ou seja, incrementar a produtividade e, ao mesmo tempo, utilizar menos recursos do nosso planeta – menos terra, água e energia; menos produtos químicos; menor emissão de gases de efeito estufa e menor risco de degradação do solo. Novas tecnologias estão ganhando espaço rapidamente na produção agrícola para a mitigação desses riscos e ampliação das práticas sustentáveis. O mercado de bioinsumos, chamados a serem protagonistas da agricultura do futuro, atingiu R$ 1,7 bilhão em negócios na safra 2020/2021, configurando aumento de 37% em relação ao volume comercializado na safra anterior, segundo pesquisa divulgada pela Spark Inteligência Estratégica. Tal crescimento apenas reforça a consolidação desses produtos como importantes ferramentas de manejo nas principais culturas agrícolas. Os produtos biológicos entram como alternativa ou complemento aos fertilizantes e defensivos químicos utilizados no manejo convencional. Os microrganismos presentes nos bioinsumos possuem importante papel na sustentação e melhoria da produção e proteção das culturas. Seu potencial está no auxílio ao cumprimento das necessidades nutricionais do solo, na ampliação da absorção de água pelas plantas, na otimização do desempenho dos insumos, na melhoria da saúde do solo, na maior resistência ao ataque de patógenos, na promoção do crescimento e desenvolvimento das culturas e, consequentemente, no aumento da rentabilidade da sua lavoura! Você, produtor, já utiliza os bioinsumos. Vale a pena conhecer! Marcos Fava Neves é Professor Titular (em tempo parcial) das Faculdades de Administração da USP em Ribeirão Preto e da EAESP/FGV em São Paulo, especialista em planejamento estratégico do agronegócio. Vinícius Cambaúva é associado na Markestrat Group, formado em Engenharia Agronômica pela FCAV/UNESP e aluno de mestrado na FEA/USP em Ribeirão Preto – SP. Beatriz Papa Casagrande é consultora na Markestrat Group, graduada em Engenharia Agronômica pela ESALQ/USP e aluna de mestrado na FEA/USP em Ribeirão Preto – SP.
The advantages of Regenerative Agriculture and how to put it into practice!

A agricultura regenerativa pode produzir alimentos nutritivos para a crescente população mundial ao mesmo tempo em que compensa o impacto das ações antrópicas no ecossistema? A resposta é sim! Esse modelo de produção possibilita a restauração do meio-ambiente, tornando a agricultura uma solução para os problemas ambientais. A prática regenerativa traz melhorias para a qualidade do solo, restaura e mantêm sua fertilidade, além de conservar e, inclusive, aumentar a biodiversidade dos ecossistemas, trazendo mais resiliência ambiental e econômica aos sistemas produtivos. Além disso, por aumentar a matéria orgânica presente no solo, a agricultura regenerativa auxilia também na capacidade de retenção de água e no sequestro de carbono em maiores profundidades, reduzindo os níveis de CO2 atmosférico que impactam o clima. Mas como você, produtor, pode colocar isso em prática? Bom, o conceito engloba diversas técnicas agrícolas que se baseiam no manejo consciente da produção. Vamos olhar quais são elas: A rotação de culturas ou sucessão de mais de uma espécie de planta na mesma área é um importante pilar para a melhoria da biodiversidade, além de reduzir os impactos causados pela monocultura como a degradação física, química e biológica do solo e o desenvolvimento de pragas; Adoção do sistema de plantio direto na palha e o mínimo revolvimento do solo, ou seja, cobrir o cultivo o ano todo, para que a terra não fique “descoberta” durante as entressafras, o que ajuda a evitar a erosão do solo e aumenta a infiltração e retenção de água e o sequestro de carbono; Redução do uso de agroquímicos pelo manejo da fertilidade do solo através do plantio de culturas de cobertura e uso de biofertilizantes que realizam a manutenção dos microrganismos benéficos para promover a liberação, transferência e ciclagem de nutrientes essenciais do solo para a planta; Sistemas integrados de produção com a combinação de sistemas produtivos agrícolas, pecuários e florestais dentro de uma mesma área, o que estimula naturalmente o desenvolvimento das plantas e aumenta a fertilidade do solo, a biodiversidade de insetos e plantas e o sequestro de carbono do ecossistema. Esse assunto estará em grande evidência nos próximos anos em todo o planeta, uma vez que os agricultores têm percebido a importância de conciliar a produção agrícola com a preservação do meio-ambiente. Já é possível observar o avanço na adesão de produtos de base biológica para controle de pragas e doenças, além do aumento significativo da adoção do sistema de plantio direto na palha sem o revolvimento do solo. A agricultura regenerativa caminha em conjunto com a demanda mundial por tecnologias mais sustentáveis que atendam às necessidades de produção alimentar com redução de impactos. Por fim, essa prática é uma importante aliada ao equilíbrio natural de solos saudáveis, que vão auxiliar os produtores a produzirem alimentos mais diversificados com alta produtividade e qualidade. Continue acompanhando nossos conteúdos, nos próximos artigos vamos tratar mais a fundo da Agricultura Regenerativa e suas vantagens para o desenvolvimento sustentável do nosso agro. Marcos Fava Neves é Professor Titular (em tempo parcial) das Faculdades de Administração da USP em Ribeirão Preto e da EAESP/FGV em São Paulo, especialista em planejamento estratégico do agronegócio. Vinícius Cambaúva é associado na Markestrat Group, formado em Engenharia Agronômica pela FCAV/UNESP e aluno de mestrado na FEA/USP em Ribeirão Preto – SP. Beatriz Papa Casagrande é consultora na Markestrat Group, graduada em Engenharia Agronômica pela ESALQ/USP e aluna de mestrado na FEA/USP em Ribeirão Preto – SP.
Agrivalle and Nutrien Soluções Agrícolas announce a partnership for the resale of biological products.

Agricultura regenerativa estará disponível para mais produtores brasileiros. A Agrivalle, empresa de soluções em bioinsumos, formaliza parceria com a Nutrien Soluções Agrícolas com objetivo de promover uma agricultura mais sustentável e regenerativa. O acordo ampliará o acesso aos produtos biológicos da Agrivalle pelos agricultores clientes da Nutrien, presentes em Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Tocantins. “Para a Agrivalle, a parceria com a Nutrien é de grande importância, pois nos permitirá maior capilaridade, democratizando e facilitando o acesso ao nosso portfólio e oferecendo aos clientes da Nutrien a oportunidade de fazer um agro mais regenerativo”, conta Danilo Brigatti – diretor de vendas da Agrivalle. A Nutrien tem como propósito oferecer os melhores produtos, serviços e soluções que contribuem com os agricultores, ampliando seus rendimentos e incrementando os resultados no campo. A empresa defende que soluções combinadas que oferecem inovação, segurança e tecnologia ajudam os agricultores com os seus desafios e potencializam os resultados e, por isso, está aumentando a oferta de produtos biológicos para os produtores brasileiros. “Temos uma solução integrada e customizada de acordo com a necessidade do agricultor para ajudá-lo a superar as dificuldades para o aumento de produtividade. É importante para o agricultor trabalhar com diversas táticas para combater as pragas de forma eficiente e sustentável. Isso permite que não ocorra a resistência de pragas e doenças aos produtos químicos. Temos a oportunidade de utilizar as melhores tecnologias do mercado e entregá-las aos agricultores por meio de um novo conceito de varejo. São tecnologias de referência, socialmente e ambientalmente aceitas, que não causam efeitos negativos ao meio ambiente”, explica João A. Oliveira Jr, Diretor P&D e Regulatório da Nutrien América Latina. A parceria também prevê a criação de novos produtos em conjunto. Para isso, o time comercial da Nutrien e os representantes técnicos da Agrivalle levarão as necessidades e dores dos agricultores para que as equipes de Pesquisa & Desenvolvimento possam idealizar novas soluções biológicas. “Somos complementares! A Agrivalle oferecerá portfólio completo, P&D e time de campo treinado para apoiar no pós-venda, enquanto a Nutrien entra com o know-how de varejo em agronegócios“, afirma Danilo. Sobre a Agrivalle Agrivalle é uma empresa do segmento de bioinsumos que atua desde 2003 no mercado agrícola. Comprometidos com a agricultura brasileira e com o sucesso dos agricultores, agrega aos seus clientes soluções transformadoras e sustentáveis para uma vida melhor. Na busca constante por inovações que impulsionam a produtividade, sustentabilidade e a regeneração, oferece ao mercado nacional e internacional portfólios robustos de produtos biológicos, fertilizantes especiais, adjuvantes, inoculantes e aditivos para outras finalidades, contribuindo para impulsionar a produtividade de maneira sustentável para as mais variadas situações e demandas do agronegócio. Sobre a Nutrien No Brasil, a Nutrien Soluções Agrícolas é uma das maiores distribuidoras de insumos agrícolas, desenvolvendo um varejo ágil, mais sustentável e conectado às tendências e às necessidades dos agricultores. Está presente nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Goiás, com 42 lojas, 10 Centros de Experiências, operando em mais de 500 municípios e com um quadro de mais de 300 consultores técnicos, além de 2 fábricas de produção de sementes, 4 misturadores e 1 fábrica de nutricionais. Com mais de 1.500 colaboradores, a Companhia continua em plena expansão dos seus negócios para outras regiões. O compromisso da Nutrien com inovação, segurança, tecnologia e sustentabilidade permite à empresa oferecer os melhores produtos, serviços e soluções que contribuem com os agricultores, ampliando seus rendimentos e incrementando os resultados no campo. Mais informações em nutrien.com.br Informações para Imprensa: Amanda Pimentel | Alfapress Comunicações – Agrivalle Luciane Reis | Nutrien
With new factory and CEO, Agrivalle paves the way to earn BRL 1 BI by 2025

A Agrivalle, fabricante de defensivo biológicos e fertilizantes especiais, começa em março uma nova fase, base para crescer 5 vezes e atingir o almejado faturamento de R$ 1 bilhão em 2025. A nova fábrica em Indaiatuba (SP), fruto de investimento de R$ 70 milhões, já iniciou operações, substituindo outras três que serão desativadas, com capacidade produtiva 10 vezes maior. A estrutura permitirá ampliar parcerias, como a selada com a rede de distribuição Nutrien, avançar no desenvolvimento de biodefensivos de segunda, terceira e quarta geração e em projetos customizados para produtores, conta Edsmar Resende, diretor de Novos Negócios. “Queremos ser o maior player de biológicos do mundo em até 3 anos” afirma. GENTE NOVA NO COMANDO A companhia, controlada pela gestora 10B, da SK Tarpon, apresenta nesta semana seu novo CEO, José Ovídio Bessa. Uma de suas missões será a de repetir em 2022 o crescimento de 2021, de 48%, quando a empresa faturou em torno de 200 milhões. UM OLHO AQUI, OUTRO LÁ FORA Com 44 produtos, a Agrivalle deve lançar mais 15 este ano. A expectativa de maior demanda por adubos especiais para atenuar a menor oferta dos importados, com a guerra na Ucrânia. No médio prazo, pretende entrar em mais mercados além de Angola, Moçambique e Paraguai, como Europa e Estados Unidos.
Brazil and Russia’s fertilizers in 2022

A importação de fertilizantes da Rússia está ameaçada neste momento. Com a atual invasão do país à Ucrânia, o mundo vive uma das maiores crises geopolíticas do século XXI. Apesar da distância geográfica e das diferenças culturais, o Brasil acaba sendo um dos países mais afetados nesse conflito, como aconteceu quando a Lituânia proibiu o tráfego do Potássio da Bielorússia por suas ferrovias. O Brasil é um grande importador de fertilizantes, chegando a importar quase 85% de sua produção, o equivalente a 37 milhões de toneladas no ano de 2021, um crescimento de 10% em relação ao ano anterior. Grande parte é importada por Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás. Os fertilizantes da Rússia representam boa parte da produção mundial. Logo em seguida, temos Canadá e Bielorússia no segundo e terceiro lugar do ranking de produtores. Ameaça à importação de fertilizantes da Rússia A maior preocupação gira em torno do cloreto de potássio cuja oferta é quase toda importada. Seu maior produtor, o Canadá, não conseguirá repor os volumes necessários. Atualmente, o Brasil importa cerca de 2 milhões de toneladas da Rússia e mais 2 milhões da Bielorússia, segundo dados da Anda (Associação Nacional para Difusão de Adubos). O cloreto de potássio é um dos três ingredientes básicos para a fertilização das safras. Junto com nitrogênio e fósforo, ele forma as matérias-primas necessárias para o Adubo NPK. Além desses componentes, o Brasil importa cerca de 24% do total de fertilizantes da Rússia. Antes do conflito deflagrado, uma comissão do governo federal, junto com o atual presidente, visitou a Rússia em busca de garantias do fornecimento desses produtos. “Tivemos aqui a garantia, tanto do governo russo quanto das empresas de fertilizantes, de que nós não teremos problemas com a entrega de fertilizantes, tanto de potássio quanto dos fosfatos”, disse Tereza Cristina. A expectativa é grande, já que o Brasil planejava um crescimento maior para o ano de 2022, e possíveis sanções poderiam arrefecer esse mercado. Vale ressaltar que, no ano passado, com o propósito de mitigar a escassez no mercado interno, o governo russo anunciou restrições na exportação de fertilizantes nitrogenados de dezembro a junho deste ano. Tipos de fertilizantes Com o tabuleiro posto, vale ressaltar alguns detalhes e curiosidades sobre os tipos de fertilizantes, já que a escolha do produto depende das deficiências, condições do solo e da cultura escolhida. Eles podem ser Orgânico, Mineral e Organomineral. Começando pelos adubos orgânicos, aqueles possuem origem animal (esterco por exemplo) e vegetal. Já a adubação mineral ou inorgânica, vem da extração de minérios ou refino de petróleo, como o já citado cloreto de potássio. Ambas, tanto a fertilização orgânica como a inorgânica, têm como objetivo corrigir, conservar ou recuperar a fertilidade do solo, disponibilizando nutrientes para as plantas de modo que estas obtenham melhor desenvolvimento. Outro tipo de classificação é a organomineral. Ela usa remineralizadores que ajudam a reduzir a necessidade de aplicações de grandes quantidades de adubo com o tempo. Esse é um dos motivos chave para o palco atual, já que reduz a necessidade de importação de matéria-prima e promove a nutrição sustentável das lavouras brasileiras. Na prática, esse manejo usa minerais naturais que passaram por processos físicos e podem beneficiar o solo. Como exemplo, podemos citar o calcário agrícola, o gesso mineral gipsita, além de algumas rochas silicáticas e fosfáticas. Esse tipo de fertilizantes são, inclusive, incentivados pela Embrapa e pelo Ministério da Agricultura. É importante analisar que a alta desses produtos trazem oportunidades para se entender melhor o solo e buscar soluções que diminuam o uso intensivo desses fertilizantes. Algumas alternativas sustentáveis, buscando a nutrição das plantas e aproveitando o que a própria cultura deixa no solo, não só ajudam a renovar os nutrientes – deixando o solo mais saudável – como reduzem a necessidade de fertilizantes, causando uma economia e aumentando a rentabilidade da sua lavoura. Alternativa à importação de fertilizantes da Rússia Também é importante compreender os componentes principais dos fertilizantes tradicionais para auxiliar na busca dessas outras alternativas. O nitrogênio (N), por exemplo, é o responsável pelo crescimento e desenvolvimento de raízes, caules e folhas. A planta absorve, ainda no começo da vida, a maior parte do nitrogênio de que precisa e o armazena em seus tecidos de crescimento. Ele é recomendado para estimular a brotação e o enfolhamento e é ótimo para folhagens e gramados. Alguns produtos, como o N-Haus, por exemplo, um inoculante líquido de alta concentração a base da bactéria a Bradyrhizobium japonicum, promovem a fixação biológica de nitrogênio atmosférico, melhorando a nodulação nas raízes da soja e favorecendo o desenvolvimento da cultura. Há muito que se acompanhar nesse conflito geopolítico. Num mundo globalizado, cada pequena ação possui uma reação que pode atravessar continentes. Por isso, é importante se planejar e se informar para que não faltem produtos, mas, também, para reduzir o uso dos mesmos, principalmente daqueles que, a longo prazo, desequilibram os nutrientes e deixam seu solo mais pobre para cultivo. A Agrivalle possui uma gama de bioinsumos que servem de alternativa para os fertilizantes da Rússia e, ao mesmo tempo contribuir com a qualidade do solo. São mais de 27 fertilizantes dos diferentes tipos aqui citados (orgânico, mineral simples e misto, organomineral). Eles não só auxiliam no cultivo em diferentes fases da produção, como contribuem para uma agricultura regenerativa, diminuindo a necessidade de defensivos químicos e outros produtos que, a longo prazo, empobrecem seu maior patrimônio, o solo. Não deixe de conferir nossos produtos ou procurar nossos representantes técnicos de vendas.
What is the difference between each cropping system?

O sistema de cultivo que você escolhe para sua plantação gera uma série de repercussões, que vão do preço de seus produtos à emissão de gases de efeito estufa. Dessa forma, é imprescindível ter um conhecimento básico antes de tomar uma decisão definitiva. Sistema Agroflorestal (SAF) – a floresta integrada ao sistema de cultivo O sistema agroflorestal (SAF) é uma prática que combina cultivos agrícolas com espécies florestais. Tal combinação maximiza o uso efetivo de nutrientes, água e energia, produzindo alimentos de forma mais sustentável. O uso de árvores e a diversificação de espécies nos espaços de cultivo são técnicas que amenizam o microclima dos agroecossistemas, atraem a fauna local, promovem a reciclagem de nutrientes, a retenção de umidade no solo e a fixação de carbono. O cultivo de café é um bom exemplo de agrofloresta como sistema de cultivo. Contribui para uma redução de capinas e um amadurecimento mais lento do fruto, produzindo grãos maiores e aumentando seu valor de mercado. Agricultura orgânica – foco na sustentabilidade A agricultura orgânica é um sistema produtivo baseado no estabelecimento do equilíbrio da natureza, utilizando métodos naturais de adubação e controle de pragas e doenças, bem como de espécies e variedades de plantas não modificados geneticamente. Este sistema de cultivo utiliza, portanto, técnicas como adubação natural, compostagem, minhocultura e policultura. As condições para enquadramento como agricultura orgânica torna este processo de produção mais desafiador, já que está mais sujeito aos riscos naturais de uma plantação, como pragas de animais, mudanças no tempo, entre outros. Embora os benefícios trazidos pelo ecossistema sejam inegáveis, uma das desvantagens desse método é uma produção um pouco mais demorada, com maior variação no padrão dos produtos e em quantidades menores, o que faz seu preço final ser mais elevado. Agricultura regenerativa – sistema de cultivo que renova o solo Já a agricultura regenerativa, abrange sistemas de produção agrícola com o menor impacto possível no ambiente, na sociedade e na economia. Sua prioridade é a saúde do solo, base do sistema alimentar e pilar fundamental do futuro do planeta. Atua fortemente na regeneração do solo (aumentando a captura de carbono), no aumento da biodiversidade (especialmente entre os polinizadores – abelhas e borboletas), na melhoria do ciclo da água e no fortalecimento da vitalidade das terras agrícolas. Auxiliando, ainda, na mitigação das mudanças climáticas. Um exemplo deste sistema de produção desenvolvido no Brasil é a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). Na mesma área, se produz alimento, fibra, madeira e até mesmo energia, aumentando, assim, a produtividade e o lucro do agricultor, além de diminuir o impacto ambiental e os custos de produção. Bioinsumos no apoio a um sistema de cultivo mais sustentável Nesses três contextos, o mercado de bioinsumos cresce de forma acelerada no Brasil, pois atua com eficácia na regeneração do solo, contribuindo para um aumento da produtividade, sem necessidade de aumentar a área de plantio. São produtos ainda mais eficientes, pois têm um efeito protetivo e preventivo, e são mais seguros, tanto para quem aplica, como para quem consome o que é produzido. Outro exemplo de sistema agrícola que vem se beneficiando da mudança no cultivo é o da cana-de-açúcar, que hoje caminha para um manejo de solo cada vez mais biológico, com o controle principalmente de nematóides, além de outras doenças e pragas do setor. Estima-se que este sistema, além de economizar bilhões de dólares ao Brasil, reduz entre 20% e 30% as emissões de gases de efeito estufa e, ainda, sequestra cerca de 8 toneladas de CO2 por hectare por ano. A adoção de modelos mais sustentáveis de produção, combinados com a utilização de bioinsumos, irão cada vez mais consolidar o Brasil como referência global em agricultura e produção sustentável de alimentos. Nós temos a chance de mostrar para o mundo que podemos não só produzir os melhores alimentos, como também desempenhar um papel relevante no combate às mudanças climáticas. E nós da Agrivalle estaremos juntos para ajudar nessa missão.
The 4 Pillars of Agrivalle

O ciclo da vida é algo muito presente no cotidiano de quem mora no campo. Para nós, da Agrivalle, esta percepção é mais que fundamental. Nós acreditamos em Vida como fonte geradora de Vida e, sempre que repetimos tal frase, reafirmamos valores essenciais de nossa empresa. E nada representa mais esse mantra que a Agricultura do futuro, a Regenerativa. Nós acreditamos de tal forma nesse futuro, que ele inspira os 4 pilares fundamentais que seguimos em nossa operação. É assim, junto com nosso programa +Biota, que vamos criar a base para essa agricultura. Os quatro pilares da Agrivalle Tudo o que fazemos na Agrivalle – do desenvolvimento e pesquisa de produtos ao atendimento de clientes – é guiado por nossos pilares: Revitalização, Proteção, Potencialização e Ativação. Em nosso site, eles foram traduzidos através de nossos produtos. Cada um dos quatro reúne um grupo de bioinsumos relacionados a seu conceito. Revitalização Quem trabalha no campo sabe quão valioso é o solo. De fato, trata-se do maior patrimônio do produtor. Nesse sentido, a Revitalização é um pilar chave. Revitalizar a vida microbiana no solo é importante por muitos fatores. Além de disponibilizar mais nutrientes, auxilia na fixação de nitrogênio no solo e no combate a patógenos e nematóides. Criando, dessa forma, um ambiente mais propício tanto para o crescimento saudável da planta como para o seu enraizamento. Proteção Por todo o ciclo de vida das plantas, da semente à colheita, a Proteção é extremamente importante. A cada dia, esta demanda se apresenta numa grande diversidade de patógenos e nematóides. No entanto, só vamos, de fato, proteger nossa plantação se também estivermos atentos aos cuidados com o meio-ambiente. Sem dúvida, assegurar um solo saudável é sempre a melhor opção, desde que tenhamos consciência de que a sustentabilidade da lavoura anda de mãos dadas com a da Terra. Por isso, é tão importante contar com bioinsumos que tenham eficiência e ajudem a manter a sustentabilidade e promover o desenvolvimento e a rentabilidade do seu negócio. Potencialização Quando a necessidade no ciclo de desenvolvimento é trazer estímulos metabólicos que ajudem na atuação de outros micronutrientes, seguimos para outro pilar, o da Potencialização. Com isso, você vai atingir um aumento na produtividade. Em paralelo, verá uma melhora nos mecanismos de defesa durante todo ciclo de vida de sua plantação, seja na redução de pragas ou no suporte de adversidades climáticas. Ativação Já com o pilar de Ativação, o objetivo é buscar um complemento nutricional que seja capaz de ajudar no desenvolvimento vegetativo. Aqui, o foco é aumentar a resistência e, ao mesmo tempo, diminuir o estresse abiótico. Isso é possível porque, com a aplicação dos bioinsumos desse pilar, a planta não precisa gastar muita energia para buscar todos os nutrientes necessários para impulsionar o seu crescimento inicial. Assim, ela passa a dedicar toda a energia reservada nesse contexto, exclusivamente, para se desenvolver. Pilares em uma vida em ciclos Os 4 pilares da Agrivalle compõem um ciclo de vida, eles se complementam, e sempre retornamos de um para o outro. Então, vamos voltar ao pilar da Revitalização, tão essencial tanto na colheita como no plantio. Técnicas de Agricultura Regenerativa vêm sendo cada vez mais promovidas, principalmente para mitigar as mudanças climáticas com o armazenamento de carbono no solo. (Lembre-se que Créditos de Carbono já é uma realidade e uma oportunidade de fazer uma renda extra.) Para auxiliar nesse futuro, a Agrivalle vem trazendo inovações para o campo. Hoje, contamos com: mais de 800 cepas no nosso banco; um novo laboratório, que passa a ser um centro de inovação; a ampliação da fábrica, a fim de atender às demandas cada vez maiores; um time de especialistas, dentro e fora de campo, espalhando e colhendo conhecimento com empatia e transparência. Buscamos, com base em nossos pilares e no programa +Biota, ser a maior plataforma de bioinsumos no mundo e, assim, auxiliar a Agricultura do futuro. A regenerativa e sustentável. Nós da Agrivalle acreditamos nisso, vida gerando vida.
Agrivalle 03: March 2022 (ref. February 2022)

Vamos às reflexões dos fatos e números do agro em fevereiro e o que acompanhar em março. Na economia mundial e brasileira, o Boletim Focus (Bacen) de 4 de fevereiro, do Banco Central, trouxe as expectativas econômicas para este ano e o próximo, sendo: para o PIB (Produto Interno Bruto), espera-se um crescimento de 0,3% em 2022 e de 1,53% em 2023; já para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a estimativa é de 5,44% este ano e em 3,50% no próximo ano; o câmbio deve ficar em R$ 5,60 no final de 2022 e em R$ 5,50 no final de 2023; e a taxa Selic deve fechar o ano em 11,75% e em 8,0% em 2023.O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu suas estimativas para o crescimento econômico mundial. Segundo a organização, o desempenho do PIB global em 2021 foi de 5,9%, e espera-se uma alta de 4,9% em 2022.Já o preço do petróleo segue firme devido à demanda forte, problemas logísticos e tensões geopolíticas. Goldman Sachs prevê alta até 2023, chegando a US$ 100 neste terceiro trimestre.De volta ao Brasil, estima-se que pouco mais de 50% dos R$ 300 bilhões distribuídos no programa de Auxílio Emergencial foram gastos em alimentos. O Auxílio Brasil em 2022 deve ter efeito semelhante, beneficiando o consumo no mercado interno. Fevereiro de 2022 para o agro No agro mundial e brasileiro, o índice de preços de alimentos da Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) voltou a crescer no primeiro mês de 2022 em 1,1%, atingindo 135,7 pontos, valor recorde para o indicador. O índice está 22 pontos acima do que foi constatado em janeiro de 2021. Óleos vegetais e laticínios puxaram a alta de fevereiro, com respectivos aumentos de 4,2% e 3,2%. Seguimos com o fantasma da inflação nos alimentos nos assombrando.Nas atualizações de fevereiro da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra brasileira de grãos 2021/22 foi revista de 284,4 (janeiro) para 268,2 milhões de t; redução de 5,7% em um mês, mas ainda 5,0% maior que a produção total no ciclo passado. A redução é resultado das fortes secas que afetaram importantes regiões produtoras, especialmente no sul do Brasil, além do excesso de chuvas em estados do Centro-Oeste. A principal alteração se deu para a cultura da soja, que caiu de 140,5 para 125,5 milhões de t, baixa de 10,7%. Com isso, a produção da oleaginosa deve ser 9,2% menor neste ciclo em comparação ao passado. Já o milho não sofreu variações significativas na nova estimativa, permanecendo com a produção total estimada em torno de 112,3 milhões de t, alta de 29,0% na comparação com 2020/21. Deste total, 23,4 milhões de t serão produzidos em 1ª safra e o restante – 87,9 milhões de t em 2ª ou 3ª safras. A área de milho 2ª safra também foi levemente reajustada para baixo em fevereiro (em 0,2%), agora estimada em 20,89 milhões de ha (+4,8%). Por fim, o algodão deve entregar 2,71 milhões de t de pluma (+15,0%) em uma área de 1,53 milhões de há (+12,1%).Cenário de queda na produção da oleaginosa é bastante crítico no Paraná, onde o Departamento de Economia Rural (Deral) já estima uma colheita de 12,83 milhões de t, uma queda de 35% frente à safra passada (19,8 milhões t) e de 38,9% em comparação à previsão do início da temporada (21 milhões de t). A estiagem castigou as lavouras do estado, sendo que apenas 36% delas estão em condições boas. Vamos torcer para uma reversão desse cenário.Em relação ao progresso das operações da safra atual, a Conab estima que até o dia 05 de fevereiro, 16,8% das áreas de soja já haviam sido colhidas no Brasil, contra 3,6% na mesma data do ciclo passado. Já a colheita do milho verão (1ª safra) está em 14,6%; era de 12,0% há um ano. Do lado do plantio, a semeadura da safrinha (2ª safra) do cereal registrou progresso de 22,4% até o momento, valor bem superior aos 4,1% no mesmo período de 2021. Vale lembrar que estamos dentro da janela ideal de plantio, a qual se estende entre janeiro e fevereiro, mas que a cada dia que se passa, o potencial produtivo pode ser reduzido em uma saca por hectare, segundo pesquisadores da Embrapa. Por sua vez, o plantio realizado fora do período ideal pode gerar riscos de perdas de até 100%. Mesmo assim, estamos confiantes de que, se o clima ajudar, teremos bons resultados com o milho este ano. Por fim, no algodão, o plantio alcançou 79,6% da área total no país, contra 66,6% em 04 de fevereiro de 2021. Ritmo acelerado nas principais cadeias do agro brasileiro; no campo, os produtores estão dando um show, como sempre! O crédito rural As contrações de crédito rural durante os sete primeiros meses do ciclo 2021/22 alcançaram o volume financeiro de R$ 174 bilhões, o que equivale a um crescimento de 31% frente ao mesmo período da safra passada, segundo dados do Mapa (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento). Dentre as modalidades, o crédito de comercialização é aquele com maior crescimento (+69%), atingindo quase R$ 19,5 bilhões; custeio chegou a R$ 94,7 bilhões (+31%); investimentos a R$ 50,3 bilhões (+21%); e industrialização a R$ 9,5 bilhões (+25%). O segundo levantamento do Mapa para o VBP (Valor Bruto da Produção Agropecuária) de 2022 traz uma estimativa de faturamento da atividade agropecuária de R$ 1,204 trilhão, valor 4,3% superior àquele obtido em 2021 (R$ 1,154 trilhão). As lavouras devem ser responsáveis pela geração de R$ 867,8 bilhões (+10,3%) em renda para o campo, enquanto a pecuária deve totalizar R$ 336,4 bilhões (-8,6%). Exportações do agronegócio brasileiro Com relação às exportações, começamos acelerando forte na largada do ano. O agronegócio brasileiro exportou cifra recorde de US$ 8,82 bilhões para o mês de janeiro, crescimento de 57,5% em comparação ao mesmo mês de 2021, segundo dados do Mapa. Esse resultado é sustentado tanto pelo aumento de preços (+19,0%) como pelo incremento do volume comercializado (+32,3%). A liderança na pauta exportadora segue sendo do complexo soja,
Agrivalle 04: April 2022 (ref. March 2022)

E vamos ao nosso resumo dos fatos e números do agro em março e o que acompanhar em abril no setor. Na economia mundial e brasileira, o Boletim Focus do Banco Central (Bacen) de 14 de março indica que a Selic deve atingir 12,75% no final de 2022 e 8,75% em 2023, enquanto que o IPCA chegará a 6,64% e 3,70%, respectivamente. O país deve apresentar uma singela melhoria em seu PIB (Produto Interno Bruto), com crescimento de 0,49% neste ano e 1,43% no próximo. Por sua vez, o câmbio deve ficar em R$ 5,30 ao fim de 2022 e R$ 5,21 no término de 2023. Outras instituições financeiras são menos otimistas com o cenário de inflação. A XP acredita que o IPCA deva fechar este ano em 6,2%, resultante do choque de custos advindo dos conflitos no Leste Europeu. Com reflexos também em 2023, a taxa básica de juros está projetada em 3,8%, superior àquela esperada pelo Bacen. No cenário global, a Comissão Europeia anunciou projeto que visa a independência energética do bloco nos próximos anos, consequência dos desdobramentos da guerra entre Rússia e Ucrânia e dos possíveis impactos que restrições no fornecimento de gás natural podem trazer à Europa. O plano prevê substituição do gás natural pelo biometano, com a meta de dobrar para 35 bilhões de metros cúbicos a produção da fonte bioenergética até 2030. Em março, na economia global, a grande variável é o tempo de duração da invasão russa na Ucrânia, pois os preços altos da energia podem roubar até 1% da expectativa de crescimento do PIB, ficando agora em cerca de 4%. Índice de preços de alimentos em março de 2022 No agro mundial e brasileiro, em fevereiro, o índice de preços de alimentos da Agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) alcançou 140,7 pontos, crescimento de 3,9% em relação a janeiro e de 24,1% em relação ao mesmo mês de 2021. O valor é também o maior já registrado, superando a máxima de fevereiro de 2011. Óleos vegetais e produtos lácteos seguem sendo os que lideram a alta. Milho, soja e algodão – safra brasileira em março de 2022 No 6° levantamento da safra brasileira de grãos em 2021/22, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revisou a oferta total de 268,2 (fevereiro) para 265,7 milhões de t (março), queda de 0,9% em um mês, e mais um reflexo dos impactos do clima no campo. Em mais um mês, a soja foi a principal impulsionadora desta queda, com produção agora estimada em 122,8 milhões de t; 2,2% menor que o apontado em fevereiro e 11,1% a menos do que a produção de 2020/21. Na cultura do milho, a oferta foi mantida nos mesmos níveis, em 112,3 milhões de t; volume que é 29,0% superior ao do ciclo passado, a depender de como será nosso desempenho produtivo na safrinha. A primeira safra de milho deve entregar 24,3 milhões de t, e a segunda, algo em torno de 86,2 milhões de t. Por fim, no algodão em pluma, a estimativa está agora em 2,824 milhões de t, salto de 4,2% em um mês e 19,7% maior que a produção do ciclo passado. Aparentemente, o clima está favorecendo as lavouras, que se encontram em pleno desenvolvimento. Plantio milho soja algodão em março de 2022 No campo, o plantio do milho 2ª safra alcançou 87,4% das áreas totais previstas para o ciclo 2021/22 até o último dia 12 de março; contra 71,5% na mesma data de 2021. No Mato Grosso, principal estado produtor, o plantio está em reta final, com 98,1% das áreas já semeadas. Já a colheita do milho 1ª safra segue um pouco mais lenta, com progresso de 33,7% até 12 de março; há um ano era de 32,8%. Na soja, a colheita havia alcançado 63,1% de progresso, contra 48,6% na mesma data do ciclo passado. Por fim, o plantio do algodão foi concluído em todas as regiões produtoras e a colheita deve ser iniciada nos próximos dias. Os dados são da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Estimativas do USDA para a produção de grãos No cenário global, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) aponta novas estimativas para a produção de grãos em relatório divulgado no início de março. No milho, o órgão reviu a oferta global para 1.206,1 milhão de t; alta de 0,6% em relação ao relatório de fevereiro e de 7,3% em relação a produção de 2020/21. Entre os principais países produtores, a oferta foi mantida nos EUA, China e Brasil em 383,9, 272,5 e 114,0 milhões de t, respectivamente. Na comparação com a safra passada, estes três países devem entregar 7,1%, 4,5% e 31,0% a mais do cereal. Na Argentina, a produção foi reduzida de 54,0 para 53,0 milhões de t, 1,8% menor. Apesar do maior volume de produção global, o USDA estima estoques menores este mês – em 1,3 milhão de t – apontados agora em 300,9 milhões de t. Ainda assim, o volume armazenado do grão deve ser 3,2% superior ao registrado em 2020/21. Estimativas do USDA para a produção de soja Na soja, o USDA segue jogando para baixo as estimativas. Neste mês Em março, o departamento apontou a oferta em 353,8 milhões de t; em fevereiro estava em 363,9 milhões de t, ou seja, 2,8% menor este mês. Com isso, a produção da leguminosa será 3,4% menor que 2020/21. A redução é reflexo da baixa na oferta do Brasil, principal produtor, que tem produção estimada, agora (março), em 127,0 milhões de t, contra 134,0 de fevereiro e 138,0 de 2020/21. Dessa forma, nosso país deve entregar 8,0% a menos nesta safra. Nos demais países, segue o cenário: EUA teve valores mantidos em 120,7 milhões de t; Argentina teve a produção reduzida de 45,0 para 43,5 milhões de t; e China segue com 16,4 milhões de t. Como consequência das baixas, os estoques da leguminosa devem ficar em torno de 89,9 milhões de t, 11,9 milhões de t a menos em relação a 2020/21,
FERTILIZERS – TOWARDS PNF IN 2022

Os fertilizantes que usamos no Brasil são, em grande parte, importados da Rússia e de Belarus. Com isso, a invasão russa à Ucrânia trouxe preocupações a respeito do fornecimento do produto. A situação motivou o Governo Federal a lançar o PNF (Plano Nacional de Fertilizantes), que visa reduzir a dependência brasileira de importações do insumo. Para isso, ele dá atenção especial ao desenvolvimento de tecnologias adequadas ao ambiente tropical. Como contamos no Boletim Agrivalle Markets 04, o plano traz oportunidades para bioinsumos e biomoléculas, remineralizadores, fertilizantes orgânicos e organominerais, entre outros. Além disso, deve trazer facilidades na política fiscal, linhas de financiamento, logística nacional etc. Com novas possibilidades à vista, é importante saber dos fatos e impactos relacionados ao fornecimento destes produtos. O histórico da Agrivalle no desenvolvimento de bioinsumos permite que uma visão ampla do tema, que dividimos com você aqui. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL NO CENÁRIO DOS FERTILIZANTES: FATOS E IMPACTOS ONDE ESTAMOS? ANÁLISE EXTERNA E INTERNA DADOS DE MERCADO: a produção do agro brasileiro cresce, e a origem interna de produtos não. Do consumo estimado em 42 milhões de t, cerca de 33 milhões são importados (80%). ANDA: maiores consumidores mundiais são China, Índia e EUA. O Brasil é o quarto colocado, mas o maior importador de nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K), com parcelas de importação de 94% em K, 55% em P e 76% em N das necessidades; Brasil consome 8% do fertilizante mundial. 25% das nossas compras se originam no Leste Europeu. O Brasil tem solos pobres em comparação a seus concorrentes; A Rússia tem cerca de 16% de market-share nas exportações de fertilizantes. É muito forte na produção de nitrogenados (segundo exportador) e fosfatados e potássicos (terceiro maior). PROBLEMAS DE OFERTA: unidades na Ucrânia parando de produzir (Odessa Port Plant, que fazia cerca de 1 milhão de t de amônia parou por falta de insumos) e outras na Europa devido aos preços do gás. Gás subiu mais de 50% na Europa, impactando as produções locais de fertilizantes, principalmente os nitrogenados e fosfatados. Energia subindo, fábricas podem diminuir produção. PROBLEMAS DE TRANSPORTE: dificuldades de operação no Mar Negro e no corredor logístico da Lituânia, que teria fechado com o embargo, dificultando as exportações de Belarus. Risco de greve na ferrovia do Canadá preocupa, o que prejudicaria o abastecimento de K e N. Preços dos fretes internacionais voltam a crescer, com a explosão do petróleo. PROBLEMAS DOS EMBARGOS E PAGAMENTOS: retirada da Rússia do sistema SWIFT dificulta o processo de trocas, mas existem alternativas (SPFS Russa e sistema da China). ESTOQUES NO BRASIL: seriam suficientes para três meses (níveis acima de anos passados – ANDA). Transporte de fertilizantes e entrada no Brasil, logísticas são complexas e muitas vezes operam no limite. Nitrato de amônio do Brasil: quase tudo vem da Rússia. Cloreto de Potássio também será problema. Empresas no Brasil sem ofertas e sem listas de preços. Preços explodem: importações em janeiro e fevereiro foram de 5,25 mi t (8,2% a menos) mas o custo foi de US$ 2,8 bilhões (130% acima). Antecipação de compras está menor em 2022 (cerca de 30%); Ficam em xeque as políticas “just in time” e de especialização na produção; IMPACTOS EM GRÃOS: Preços altos estimularão o plantio e o aumento de áreas, mas tem o stress de insumos. Observar plantio nos EUA. Continuidade da invasão e como serão as operações agrícolas na Ucrânia, afinal abril é início do plantio; Com embargos e dificuldades operacionais na Ucrânia, China pode vir buscar mais do Brasil; Graves impactos para a inflação no mercado interno, com custos de produção das rações explodindo e com isto prejudicando leite, carne, ovos e outros que dependem dos grãos. QUESTÕES DE INTERFERÊNCIA: Qual o tempo de duração da invasão, de sanções comerciais e seus impactos nas trocas globais? Petróleo a mais de USD 100/barril: quanto tempo dura e qual a reação da oferta? ATOS… AÇÕES NECESSÁRIAS NO CENÁRIO DOS FERTILIZANTES ESTRATÉGIAS DE CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO USO DE PRODUTOS ALTERNATIVOS: biológicos, biofertilizantes e outros receberão grande impulso; não só por todas as vantagens que já naturalmente apresentam, mas também agora por conta da escassez e altos custos dos insumos tradicionais. Mercado deve dar um boom! EFICIÊNCIA NO USO E APLICAÇÃO (TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO): Embrapa lança caravana técnica (FertBrasil) para ajudar a economizar US$ 1 bilhão em fertilizantes, com objetivo de aumentar de 60% para 70% a eficiência na forma de usá-los. Fortalecer a prática de análise de solo, incentivar agricultura regenerativa, treinamento para produtores, cooperativas e associações. Outra frente é na busca de alternativas para reduzir em 25% as importações até 2030. São cinco dimensões: biofertilizantes (bactérias, fungos e outras alternativas), organominerais (combinação de fertilizante mineral com fontes orgânicas/esterco), fertilizantes nano estruturados (liberação mais lenta e controlada dos nutrientes), agricultura de precisão (redução de desperdícios, aplicar apenas onde precisa) e condicionadores de solo com pó de rocha. INVESTIMENTOS NO BRASIL: acelerar produção de fertilizantes potássicos em MG (São Gotardo) de 1,2 milhão de t/ano no 3° tri deste ano para 3 milhões de t/ano, entre outros. INVESTIMENTOS EM P&D: startups e nanotecnologia para mais adubação foliar entre outras tecnologias receberão grande impulso. PLANO ESTRATÉGICO: – baseado em alguns grandes pilares: aumento da capacidade interna (o plano do Governo é o de reduzir a dependência de quase 85% para cerca de 45% em 30 anos, divididos em quatro principais tipos: os nitrogenados, os de fósforo, os potássicos, e os chamados de “cadeias emergentes” onde entrariam os biológicos; analisar as capacidades em países vizinhos e diversificar os países fornecedores mundiais. Potássio tem grandes reservas na Amazônia. Projetos na área de logística, licenciamento ambiental, arquitetura de investimentos, estímulos tributários. PREÇOS INCENTIVARÃO O AUMENTO DA OFERTA NO MÉDIO PRAZO. Em isto acontecendo, a oferta deve passar a demanda e derrubar os preços. FORNECEDORES ALTERNATIVOS (OUTROS PARCEIROS COMERCIAIS): para a safra de verão serão necessários 10 milhões de t de KCl – cloreto de potássio. Destas 3 milhões viriam da Rússia. Alternativa é o Canadá. Canadá é o maior