Programa +Biota – biota do solo no comando das decisões

biota do solo

A biota de um solo é o maior tesouro de um agricultor. Mas, por incrível que pareça, poucos são os produtores que conhecem a fundo a área que cultivam. Com isso, acabam perdendo oportunidades e deixam de tirar o melhor proveito de suas plantações, inclusive em termos financeiros. Para mudar isso, precisamos trazer um pouco mais de amplitude à maneira como pensamos a agricultura.  Este é o propósito do Programa +Biota, desenvolvido pela Agrivalle. Ele se concentra na base de qualquer plantação – a terra – a fim de garantir um impacto positivo no agroecossistema, investindo em sua biodiversidade e buscando garantir as propriedades estruturais do solo. O ponto de partida do Programa +Biota é uma análise minuciosa da área de cultivo, especialmente dos organismos vivos que se desenvolvem no solo. Estes seres são responsáveis, não só por sua composição orgânica, mas por boa parte dos processos que nele ocorrem, impactando, inclusive, na produtividade da lavoura. O poder do coletivo na biota do solo Se procurar no dicionário (ou na Wikipedia), você vai ler que biota (do grego, bíos = vida) é o conjunto de seres vivos que habita um ambiente geológico. Aqui, temos que considerar que a sobrevivência de qualquer ser tem relação direta com fatores abióticos – como luz, umidade, clima etc. Assim, a partir das condições da região onde se encontra, uma biota específica se desenvolve em cada solo. São as relações de interdependência que os organismos ali presentes desenvolvem que determinam como ele será.  Munido do conhecimento de tais relações, o agricultor pode usá-las a seu favor. Da mesma forma, adquire capacidade para prevenir problemas, afinal, as interações entre os microorganismos que vivem no solo podem seguir os mais diversos caminhos, havendo possibilidade de situações de parasitismo, de epifitismo etc. Isso é determinante para a proliferação de vida no local, e é justamente aí que o produtor encontra perspectivas para otimizar suas ações. Programa +Biota Desenvolver soluções para o agro a partir de relações ecológicas é uma das especialidades da Agrivalle. Desde 2003, temos visto agricultores adotarem as mais variadas estratégias em suas plantações. Tal experiência nos mostrou como a saúde de uma área de cultivo está intensamente relacionada à coordenação da dinâmica que se dá na biota do solo com toda e qualquer interferência que fazemos nele.  Foram estes pensamentos que nos levaram à criação do +Biota. Nele conseguimos articular práticas e conceitos em total consonância com nossos propósitos, resultando num programa que gira em torno do equilíbrio biológico na plantação. Na prática, de maneira resumida, podemos dizer que alcançamos tal ideal a partir da caracterização dos solos e dos cultivos a fim de apoiar produtores na tomada de decisões sobre como fazer o manejo de sua lavoura.  Para isso, antes de tudo, mapeamos os problemas presentes em solos e plantas, focando naqueles que, de alguma forma, impedem o aumento de produtividade. Na conclusão desta etapa, temos um panorama dos fatores impeditivos e podemos planejar melhor como lidar com eles. Tudo é analisado a fundo e com rigor científico, de modo que o agricultor terá mais segurança para conduzir a operação e tomar decisões. Dessa forma, o +Biota pretende dar ao agricultor a consciência exata do contexto onde sua plantação se desenvolve, de modo que ele terá base para decisões mais assertivas. Sabendo o que a biota do solo oferece – sejam benefícios ou armadilhas – ele pode fazer a melhor composição, definindo quais insumos vai utilizar, quais técnicas vai aplicar etc.  É claro que um projeto como este não se encerra da noite para o dia. Trata-se de uma empreitada de longo prazo, iniciada em 2019 e, por enquanto, ativa apenas em alguns clientes. Mesmo assim, já estamos colhendo bons frutos e aprendizados, que vamos dividir numa série de posts aqui.

Farm Show MT 2023 – a vida do solo em realidade virtual

Farm Show MT 2023

O calendário de eventos do agro está aberto, e a Agrivalle está na expectativa do primeiro grande evento do ano, a Farm Show MT 2023, que acontece entre 14 e 17 de março no Parque de Exposições de Primavera do Leste, no Mato Grosso. Estamos preparando novidades em um estande pensado para aproximar o produtor do maior valor de seu negócio, o solo. A Farm Show é conhecida por ser uma vitrine de tecnologia para o agro, e é por isso que a Agrivalle faz parte deste evento. Nossos produtos representam um dos avanços mais significativos na tecnologia verde. Eles nascem na biotecnologia, crescem ao lado de sensores, se alimentando na ciência de dados e se aprimorando a cada ciclo. Essa dinâmica retrata bem o comportamento das tecnologias exponenciais. Cada uma delas, isoladamente, provoca mudanças; só que, associadas, suas forças, em vez de se somarem, se multiplicam, trazendo um poder de transformação com tudo para ser revolucionário.     O que estamos preparando para a Farm Show MT 2023 Para a Farm Show MT 2023, a Agrivalle vai usar uma tecnologia que não está diretamente relacionada ao agro para aproximar os visitantes da maior riqueza do agricultor: o solo.   Os bioinsumos conquistaram seu lugar – os resultados de sua adoção estão estampados em relatórios de mercado, rendem matérias na imprensa e motivam conversas entre produtores. Os argumentos de venda são inquestionáveis, e o retorno de clientes satisfeitos já não é surpresa, mas a missão da Agrivalle é mais que vendas. Temos um compromisso com a agricultura sustentável e acreditamos que podemos gerar um impacto maior. Parte disso é conscientizar as pessoas sobre a riqueza de vida na lavoura, que vai muito além do que os olhos podem ver – mas, se você for à Farm Show MT 2023 vai ter uma visão única. Durante o evento, no estande da Agrivalle, os visitantes vão mergulhar no solo de uma área de cultivo graças à realidade virtual. A ideia é trazer um novo olhar para o tratamento da terra, apresentando um ponto de vista ímpar e imersivo.  Será como olhar através de um grande microscópio a fim de conhecer mais sobre a origem e composição do solo de uma lavoura. Assim, os participantes ficarão diante da diversidade de formas de vidas escondidas sob o solo e terão dimensão do potencial funcional que uma comunidade microbiana oferece à lavoura. Para Danilo Brigatti, diretor comercial da Agrivalle, “A ferramenta permite conhecer todo o microbioma do solo e sua diversidade para que, assim, o agricultor defina quais as melhores estratégias de manejo”.             Encontro de oportunidades   A participação de Agrivalle na Farm Show MT 2023 vai além da experiência em realidade virtual. Durante todo o evento, os consultores da empresa estarão no estande para orientar a respeito de insumos biológicos, suas funcionalidades e sua eficácia em aumentar a produtividade mantendo, ao mesmo tempo, a harmonia com o meio-ambiente. Com efeito, será uma excelente oportunidade para conhecer mais de perto o potencial dos bioinsumos, suas variedades e adequação às diferentes culturas. Durante o evento, a Agrivalle pretende destacar a multifuncionalidade deste tipo de produto, como pontua Danilo Brigatti: “Áreas de cultivo que combinam bioestimulantes, biofungicidas e bionematicidas refletem em melhorias de produtividade. Por exemplo, ao usar o Algon o produtor estimula a microbiota e, ao mesmo tempo, fortalece o enraizamento da planta”      É assim também com vários outros produtos do portfólio da Agrivalle, que está repleto de soluções que auxiliam o agricultor diante das mais diversas questões que afligem quem atua no setor – de pragas e doenças aos desafios que as mudanças climáticas trazem para o agronegócio. Pode ter certeza que sua visita ao estande da Agrivalle na Farm Show MT 2023 vai valer a pena, seja pela imersão na vida do solo em realidade virtual, ou para conhecer nossos biofertilizantes  (Algon, Implanta e Raizer), biofungicidas (Twixx-a e Shocker), inseticidas microbiológicos (Auin CE e Gr-inn) e demais produtos. Esperamos você!!    

Pragas e doenças da cultura da soja

pragas e doenças da cultura da soja

A sojicultura, além de ser uma das principais atividade agrícolas do mundo, tem reflexos em diversos outros setores, por isso, os efeitos das pragas e doenças da cultura da soja podem repercutir de forma surpreendente na economia. Elas afetam a produtividade e a qualidade dos grãos, impactando da indústria de alimentos à de cosméticos. A suscetibilidade a esse tipo de ameaça está relacionada a uma combinação de fatores, incluindo as características biológicas da planta, o manejo inadequado da lavoura, a alta densidade de plantio, as condições climáticas, o uso de agrotóxicos, a poluição ambiental, etc. Portanto, o combate às pragas e doenças da cultura da soja abrange a operação de uma forma bem ampla. Algumas pragas e doenças da cultura da soja  Entre as inúmeras pragas e doenças da cultura da soja algumas se destacam: mosca branca como atua: alimenta-se da seiva das plantas, excretando um líquido açucarado que pode favorecer o crescimento de fungos, podendo, ainda, afetar a fotossíntese. Além disso, este pequeno inseto de asas brancas é vetor de vírus que podem causar diversas doenças. alguns sintomas: na fase inicial, pequenas manchas brancas ou amareladas podem aparecer nas folhas, que, com o avanço da infestação, podem apresentar um aspecto amarelado e murcho. Também é comum que elas apresentem uma substância pegajosa e brilhante, conhecida como “melada”, que é excretada pelos insetos durante a alimentação.  resultados da ação de moscas-brancas: podem causar sérios prejuízos à produção, especialmente por reduzir a  capacidade fotossintética, levando ao prejuízo do desenvolvimento e, consequentemente, da produtividade da lavoura. Como podem favorecer o desenvolvimento de fungos e servir como vetor de vírus prejudiciais à sojicultura, representam riscos multiplicados. controle: por causa da grande capacidade de adaptação e resistência a vários inseticidas químicos, as moscas-brancas estão entre as  pragas e doenças da cultura da soja de mais difícil controle. Mesmo assim, a Agrivalle chegou a uma formulação eficiente à base de Beauveria, o Auin CE, um inseticida líquido com excelente adesão ao controle de insetos sugadores, como este. podridão radicular  como atua: causada por um fungo, afeta as raízes de tal forma que pode reduzir significativamente a produção de grãos, chegando, em casos mais graves, a levar plantas jovens à morte.  alguns sintomas: os iniciais incluem o amarelecimento das folhas e a murcha das plantas. À medida que a doença se desenvolve, as raízes também vão mudando de cor e se tornam marrons. Elas ficam menores e necróticas.  resultados da podridão radicular: queda na capacidade de absorção de nutrientes e água, trazendo deficiências ao desenvolvimento e a consequente redução da produção de vagens e grãos, bem como aumento do risco de infecção por outras patologias fúngicas. controle: a ameaça da podridão radicular pode demorar a ser identificada por começar embaixo da terra, onde os olhos do agricultor não chegam. Mas o Shocker, fungicida da Agrivalle, tem alcançado bons resultados, mesmo quando os sintomas já se tornaram visíveis. nematóides  como atuam: de tamanho microscópico, estes vermes parasitam as raízes da soja, causando danos que podem comprometer o desenvolvimento da lavoura e reduzir a produtividade. alguns sintomas: crescimento reduzido das plantas, sistema radicular menos desenvolvido que o normal, presença de galhas nas raízes. Contudo, a severidade dos sintomas depende da espécie de nematoide presente, da densidade populacional e das condições ambientais. resultados da ação dos nematóides: redução da capacidade de absorção de nutrientes e água, levando a um desenvolvimento deficiente, bem como à produção reduzida de vagens e grãos e aumento do risco de infecção por outras doenças provocadas por fungos. controle: os nematóides têm sido uma preocupação crescente entre as pragas e doenças da cultura da soja, sendo responsáveis por prejuízo de R$ 26,8 bilhões só na sojicultura, segundo a SBN (Sociedade Brasileira de Nematologia). A fim de lidar com este problema, a Agrivalle desenvolveu o Profix, um Nematicida Microbiológico de ação ampla, que pode ser usado, inclusive, em sementes. antracnose da soja  como atuam: causada por um fungo que penetra nas células da planta através de pequenas lesões na superfície da folha ou do caule. Alojado, ele se desenvolve e se multiplica, especialmente se as condições climáticas forem quentes e úmidas. Durante a fase de floração, seus efeitos são agravados.  alguns sintomas: geralmente se iniciam nas folhas mais velhas da planta, mas podem podem se espalhar para outras partes, incluindo o caule, vagens e sementes. Manifestam-se através de pequenas manchas – a princípio são circulares e marrons escuras – que podem crescer e se unir. Ou seja, sem o controle adequado, pequenas lesões podem assumir boa parte de uma área da planta. resultados da ação da antracnose da soja: ao afetar as folhas, hastes e vagens, reduz a capacidade da planta realizar fotossíntese e transportar nutrientes, a ponto de provocar  queda prematura das folhas, especialmente quando as lesões se expandem rapidamente. A doença pode, ainda, afetar a qualidade dos grãos, reduzindo o teor de óleo e proteína, o que pode afetar o valor comercial da safra. Como se não bastasse, os prejuízos escalam nos casos em que as sementes são infectadas. controle: entre as pragas e doenças da cultura da soja, a antracnose é uma das mais comuns e destrutivas. Para combatê-la, a Agrivalle desenvolveu o Twixx-A, um fungicida microbiológico com duas bactérias na fórmula, uma composição única, inovadora e de alta eficácia.    Abordagem de tratamento ampla Apesar das particularidades de cada uma das pragas e doenças da cultura da soja, muitos dos cuidados com o manejo são comuns a todas. São as técnicas mais orgânicas que existem, estão à mão de todos os agricultores e, além de atuarem diretamente na prevenção, contribuem com a produtividade de modo geral. A rotação de culturas e a densidade reduzida no plantio estão entre as boas práticas de manejo na plantação de soja. Também é preciso atenção ao uso de agrotóxicos, pois em excesso, eles podem causar muitos prejuízos a esta cultura. Se precisar de qualquer orientação, a Agrivalle está aqui para te ajudar.

Produção de alimentos saudáveis com a ajuda de bioinsumos

Produção de alimentos saudáveis com a ajuda de bioinsumos

Na agricultura moderna, produzir alimentos já não é o bastante, precisamos de produção de alimentos saudáveis. Muito se fala das mudanças no perfil do consumidor, que, dia a dia, se torna mais atento à sua saúde e à qualidade do que consome, especialmente do que ingere. O interessante é observar como esta tomada de consciência vem gerando um movimento positivo para o agronegócio. Por muito tempo, os agroquímicos foram os grandes aliados do agricultor para produzir alimentos próprios para o consumo em escala. Com o tempo, transformações na sociedade – de inovações logísticas a ampliação do acesso a energia elétrica – levaram a um cenário bem diferente do que vivíamos no século XX. Tais mudanças viabilizaram e serviram para impulsionar o consumo consciente.  Assim, um novo cenário começou a se desenhar para todos os setores da economia, de modo que a produção de alimentos saudáveis é apenas um dos tijolos dessa construção super consistente que é a economia verde. Para assumir sua parte nesse movimento, o agronegócio tem grandes aliados nos bioinsumos. Bioinsumos e produção de alimentos saudáveis Os insumos biológicos (ou bioinsumos) são produzidos a partir de organismos vivos, como fungos e bactérias, por exemplo. Quando aplicados ao manejo da lavoura, eles conseguem melhorar a qualidade e a produtividade de forma mais sustentável e natural. É por isso que são reconhecidos como aliados estratégicos na produção de alimentos saudáveis. De fato, nesse sentido, eles trazem uma contribuição global, com cada benefício isolado se conectando com os demais a fim de formar uma corrente de proteção em torno da saúde do alimento. Para tanto, biofertilizantes e bioestimulantes seguem um modo de ação que se concentra em potencializar as relações entre os microorganismos que os compõem e as plantas. É assim que conseguem abastecê-las com nutrientes e compostos benéficos de acordo com as demandas que elas apresentam. Com a necessidade nutricional assegurada, a planta está pronta para garantir a qualidade de seus frutos. Seguindo a mesma dinâmica, os bioestimulantes impulsionam o crescimento e desenvolvimento dos vegetais que, metabolicamente ajustados (e bem nutridos) são capazes de sustentar uma maior produção de alimentos saudáveis. Nutridas e ágeis em seu metabolismo, elas se tornam mais resistentes a pragas e doenças, garantindo a integridade dos alimentos que produzem. Se, ainda assim, um suporte de proteção for necessário, os biopesticidas ajudam a combater os patógenos. Nesta equação, enquanto os bioinsumos se somam, os agroquímicos são subtraídos. Na agricultura moderna, eles ainda têm seu papel, ajudando a compor o manejo de áreas de cultivo quando necessário, mas sem dominá-las. Com isso, o depósito de resíduos químicos nos alimentos tende a cair safra a safra.   Benefícios cumulativos Se a produção de alimentos saudáveis, por si só, já é um avanço considerável, o caminho para chegar a tal objetivo deixa um legado digno de nota: o tratamento do solo a longo prazo.  Por serem produzidos a partir de fontes naturais, como plantas, microrganismos e resíduos orgânicos, os bioinsumos conseguem desenvolver uma relação simbiótica com a biota do solo. Assim, são capazes de promover a saúde e a qualidade na área de cultivo de forma gradual e progressiva, em contraste com outros tipos de insumos, que são eficazes em oferecer uma solução rápida e imediata, mas podem comprometer a qualidade do solo a longo prazo. Os microrganismos benéficos presentes nos insumos biológicos contribuem com a estrutura e a fertilidade do solo ao longo do tempo. Tal benefício está relacionado a sua capacidade de ajudar na decomposição da matéria orgânica presente na terra, liberando nutrientes e tornando-os disponíveis para as plantas. Com efeito, eles contribuem para o aumento da atividade biológica do solo, o que ajuda a manter sua saúde e qualidade a longo prazo. Em paralelo, a resistência e a imunidade da lavoura também são beneficiadas cada vez mais à medida que bioinsumos são aplicados. Com isso, cai a ocorrência de doenças e pragas e, consequentemente, temos redução no uso de produtos químicos e sintéticos para o controle. Em síntese, os bioinsumos ajudam a promover um ambiente mais salutar e equilibrado no solo, o que resulta em uma produção de alimentos saudáveis, de melhor qualidade a longo prazo – e tudo isso de forma mais sustentável. Todos estes benefícios são potencializados quando o manejo se dá com bioinsumos definidos em um mix de produtos que tenham ações complementares. Por isso, a Agrivalle tem uma equipe à sua disposição para ajudar, afinal, nosso portfólio foi desenvolvido tendo esta dinâmica em mente. Contamos com biofertilizantes  (Algon, Implanta e Raizer), biofungicidas (Twixx-a e Shocker), inseticidas microbiológicos (Auin CE e Gr-inn) e muito mais. Entre em contato com a gente.

Créditos de carbono – uma nova oportunidade de renda

Depois de algum tempo de timidez entre as manchetes, os créditos de carbono estão retomando o protagonismo. Sem dúvidas, as discussões da COP 27 têm parte nisso, mas, no caso do Brasil, devemos também considerar o recente anúncio do Banco Central sobre regras para o registro de ativos sustentáveis, inclusive créditos de carbono. O tema é de extremo interesse para o agronegócio, afinal, pode significar mais uma fonte de renda para produtores. Além disso, a longo prazo, os benefícios ambientais decorrentes do sucesso desse novo mercado vão beneficiar o planeta como um todo – e a agricultura em especial. Mas, como qualquer novidade promissora, pede atenção e consciência, o que começa no entendimento a respeito do que exatamente significa tudo isso. O que são créditos de carbono Quando falamos em créditos de carbono, nos referimos a um meio de compensar nossas emissões de gases de efeito estufa. Assim, se uma empresa (ou pessoa) emite muito desses gases, compra créditos de quem sequestra um excedente. O sequestro é o que ocorre nas iniciativas que, em vez de liberar, retêm gases do efeito estufa na terra. É o que acontece, por exemplo, quando o manejo de uma área de cultivo é feito com bioinsumos, ou quando uma casa produz mais energia solar que o gasto energético dos moradores. Os créditos de carbono, dessa forma, são um mecanismo de mercado que traz oportunidades para quem pratica algum tipo de produção sustentável.  Talvez você se pergunte o porquê de tudo isso, afinal, desde que o Acordo de Paris estipulou metas ambientais, o mundo vem falhando em cumpri-las. De fato, essa é uma verdade que, cada vez mais, assombra o planeta, principalmente quem depende de atividades relacionadas às dinâmicas da natureza. Este é o caso do agronegócio, visto que a agricultura será muito prejudicada por mudanças no regime climático, portanto, é hora de focar e recuperar o tempo perdido.   Um duo de ganhos Entre todas as atividades econômicas em curso no Brasil, a agricultura é uma das que podem tirar melhor benefício do mercado de carbono, já que, além da oportunidade de ganhos com o sistema de compensação, as práticas sustentáveis que dão credencial para negociar créditos têm se mostrado grandes aliadas da capacidade produtiva no campo. Tal oportunidade, no entanto, foi reconhecida apenas por uma porcentagem mínima dos agricultores brasileiros. A falta de conhecimento deve ser uma das razões para isso, e a Agirvalle pretende cooperar  com este ponto. Entendemos, ainda, que uma novidade assim pode gerar certa insegurança, por isso estamos trabalhando para sanar esta questão também. Queremos dar a mão a nossos clientes e apoiar todos que quiserem abraçar as oportunidades que os créditos de carbono oferecem. A agricultura no contexto das emissões O Brasil está entre os líderes mundiais na emissão de gases do efeito estufa. Nos últimos dois anos, o desmatamento foi o maior responsável, mas a agropecuária tem parte importante nesse ranking indesejável.  Segundo um levantamento do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima (SEEG) divulgado em 2022, a agropecuária teve uma alta de 3,8% nas emissões de 2021, ocupando o 2o lugar entre os emissores brasileiros e respondendo por 25% da cifra nacional. O SEEG atribui o pódio, principalmente, à pecuária. A participação da agricultura, porém, não passa despercebida, especialmente quando são observadas as emissões decorrentes do uso de fertilizantes sintéticos. Considerando apenas os três pontos colocados acima – desmatamento, emissões da pecuária e uso de fertilizantes sintéticos –, a atividade agrícola já tem soluções para reduzir emissões e gerar créditos de carbono. desmatamento – a mudança no uso da terra é uma alavanca forte nas emissões de gases do efeito estufa. Entre 2020 e 2021, segundo o SEEG, a alta chegou a 18,5%, respondendo por 49% das emissões do Brasil. A adoção de sistema agroflorestal (ou, simplesmente, agrofloresta) seria um ganho nos esforços para reduzir estas altíssimas emissões e, de quebra, melhorar a qualidade do solo. emissões da pecuária – o estrume do pasto libera óxido nitroso (produto do nitrogênio), emissão que entra na conta da agricultura. Várias práticas agrícolas sustentáveis podem reduzir este problema, como rotação de culturas e gestão do nitrogênio. A ideia é reter o nitrogênio no solo. uso de fertilizantes sintéticos – a simples produção destes produtos, por si só, gera emissões; depois, na aplicação na lavoura, eles provocam uma reação no solo, que pode liberar, entre outros elementos, amônia e nitrogênio, que vão acabar se convertendo em gases de efeito estufa. Além disso, é comum que este tipo de insumo perca nitrogênio para o ar e para a água, que passam a ser novos canais nas emissões resultantes dos fertilizantes sintéticos. Para sanar a questão, os bioinsumos são os melhores substitutos, mesmo que tal substituição não seja possível em 100% dos casos.  O apoio da Agrivalle Sem dúvida, os créditos de carbono são uma oportunidade para vários negócios, mas quantos deles têm tantas soluções testadas e comprovadamente lucrativas? É por isso que este novo mercado é tão interessante para o agro.  Só que, assim como entre semeadura e colheita, o tempo é um protagonista, a geração de ativos sustentáveis não se dá de uma hora para outra. A fim de apoiar o produtor e orientá-lo em cada etapa do processo, a Agrivalle criou um programa de três anos. Focado num grupo de bioinsumos – Profix, Shocker, Raizer, Twixx-A, Algon, Auin CE, Gr-inn e Implanta – vai alavancar o potencial de venda de créditos de carbono das áreas de cultivo atendidas.  Para garantir que as negociações sejam feitas com segurança e dentro dos parâmetros legais, fechamos uma parceria com a My Carbon, empresa focada no desenvolvimento e na comercialização de créditos de carbono. Assim, o produtor pode se manter concentrado nos cuidados com a plantação, confiando nos especialistas para lidar com tecnicidades de sua nova fonte de renda. Converse com nossa equipe, e vamos te orientar no passo-a-passo deste novo mercado.

Podridão Radicular – o mal da raiz

No raio de visão de um produtor agrícola, há um tópico que não pode entrar num ponto cego: o risco da podridão radicular. Ao atacar a raiz, esta doença é uma ameaça séria a qualquer planta, podendo ser devastadora para toda uma área de plantio. Os principais detonadores para sua ocorrência são a umidade excessiva e a falta de ventilação no solo, mas ela pode ser causada por diversos agentes patogênicos, como fungos e bactérias, que são favorecidos por tais condições. Os indícios da podridão radicular podem ser bem visíveis, só que apenas quando a doença já está avançada – o monitoramento, portanto, precisa ser contínuo. Considerando o papel das raízes na vida de uma planta, é importante sempre ter essa patologia em mente ao notar eventos fora do padrão – do ritmo de crescimento à formação de fungos. Ameaça comum Por mais que a podridão radicular seja uma ameaça comum a qualquer lavoura, podemos identificar algumas espécies em que sua ocorrência tem maior registro: plantas da família Brassicaceae, como couve, repolho e mostarda; plantas da família Solanaceae, como tomate, pimentão e berinjela; plantas da família Cucurbitaceae, como abóbora, melão e pepino; plantas da família Leguminosae, como feijão, ervilha e soja. Em contrapartida, as espécies mais resistentes são: plantas da família Alliaceae, como cebola, alho e chalota; plantas da família Liliaceae, como alho-poró e cebolinha; plantas da família Apiaceae, como salsinha, cebolinha e endro; plantas da família Convolvulaceae, como batata-doce e abóbora-menina. Mas, aqui, vale uma ressalva: essas são apenas tendências gerais; a resistência a doenças pode variar entre espécies diversas. Além disso, é preciso considerar as condições climáticas e o nível de cuidado com a área de plantio. Em outras palavras, você pode até se guiar por essas tendências na hora de escolher o que plantar, embora nem por isso deva baixar a guarda. Sintomas da podridão radicular Um dos grandes problemas da podridão radicular é o fato de ser uma ameaça invisível nos estágios iniciais. Além disso, se sua ocorrência não estiver no check list do agricultor, ele corre o risco de confundir os sintomas com os de outras patologias ou tratar problemas secundários.  Como estamos falando de uma doença que ataca a raiz das plantas, um de seus primeiros sintomas – a mudança de coloração nas raízes – fica incógnito, escondido por camadas de terra. Quando indícios um pouco mais evidentes aparecem, o estrago pode ser irreversível ou (pior) pode ter se espalhado para outras plantas da lavoura. Uma das primeiras consequências da podridão radicular é a redução na absorção de água e de nutrientes, o que, por sua vez, afeta o ritmo de crescimento das plantas por privá-las dos recursos necessários para o desenvolvimento. Mais fracas, elas passam a ter dificuldade na produção de folhas, que podem surgir menores ou amareladas. À medida que a doença avança, temos a murcha e queda das folhas. Em alguns casos, pode-se observar a formação de fungos brancos no solo e na base da planta. Causas da podridão radicular Uma série de condições pode criar um ambiente favorável para o desenvolvimento de agentes – entre eles, fungos, bactérias e vírus – que infectam as raízes das plantas, causando a podridão radicular. O ponto positivo é que, apesar da inegável influência de aspectos climáticos, boa parte do controle da situação está no manejo do solo, ou seja, nas mãos do produtor. Num solo muito compactado, por exemplo, tanto o ar como a água encontram dificuldade para circular, o que favorece o crescimento de patógenos e, consequentemente, o aumento da vulnerabilidade das plantas. Da mesma forma, os agentes causadores da podridão radicular encontram excelentes condições de sobrevivência em solos onde a umidade é excessiva. Já quando a temperatura do solo entra em pauta, é com os extremos que devemos nos preocupar. Tanto o solo muito frio como o muito quente podem favorecer os patógenos em detrimento das plantas. Paralelamente, assim como as pragas e doenças já instaladas na lavoura, a falta de nutrientes colabora com a instalação da doença. Mas é preciso cuidado com os fertilizantes, pois, quando usados em excesso, os nitrogenados representam mais uma condição favorável à podridão radicular. Em síntese, para prevenir o problema, o produtor precisa se manter vigilante quanto à umidade do solo, garantir uma boa drenagem e ventilação, além de, naturalmente, evitar o excesso de adubação nitrogenada. Práticas agrícolas sustentáveis também podem ser de grande ajuda, como adubação orgânica e controle biológico. Um bom exemplo é o Shocker, bioinsumo desenvolvido pela Agrivalle que vem alcançando excelentes resultados no combate à podridão radicular. Mesmo no manejo diário, o uso de insumos biológicos em geral podem ser aliados na prevenção pela dinâmica que eles criam na biota. Desenvolvidos a partir de microrganismos e conhecidos pela multifuncionalidade, quando somados à composição de um solo, eles tendem a harmonizar as relações de diversas formas de vida ali presentes. Tendo em mente que os sinais da podridão radicular demoram a ser visíveis, tratar a lavoura com bioinsumos é uma escolha coringa.

Algon – sem clima ruim

Algon é uma das inovações da Agrivalle para o mercado agrícola, mais uma peça num conjunto de produtos e práticas desenvolvidos segundo a mentalidade da agricultura sustentável. Nossa visão de sustentabilidade, vale ressaltar, abrange o campo e a gôndola do supermercado, afinal, os perfis de consumo que mais crescem hoje são aqueles preocupados com saúde, com meio-ambiente ou com ambos. Conscientizar os agricultores das vantagens de tratar a terra mantendo a harmonia com o ecossistema que a rodeia é um compromisso identitário em nossa empresa. É por ele que nos guiamos no desenvolvimento de soluções para o campo.  Formulação para qualquer clima Assim como em outros produtos do nosso portfólio, no desenvolvimento do Algon, a vida foi o ponto de partida para ajudar o produtor a lidar com os desafios que colocam a produtividade da lavoura em risco. Estamos falando, portanto, de um bioinsumo. Sua formulação contém aminoácidos com propriedades orgânicas que auxiliam no desenvolvimento vegetativo. Para reforçar os efeitos da ação bioestimulante destes elementos, o Algon conta, ainda, com magnésio, que colabora com a fotossíntese e com a translocação de fotoassimilados. Tal composição permite que este biofertilizante assuma múltiplos modos de atuação, agindo na área de cultivo de acordo com o contexto e o estágio de desenvolvimento das plantas. Além disso, as lavouras tratadas com ele têm mostrado muita capacidade no enfrentamento de adversidades climáticas.     Por que trabalhar com o Algon? Várias espécies podem se beneficiar do uso do Algon, como soja e algodão, por exemplo. Nas áreas de cultivo onde é aplicado, os agricultores destacam melhorias que se refletem na produtividade. Entre elas, podemos destacar a germinação, que é acelerada com o uso do bioestimulante. Com isso, naturalmente, a formação da lavoura é aprimorada como um todo. Comparando o antes e depois, fica evidente o aumento no volume de plantas por hectare, com redução de falhas e perfilamentos. Um dos motivos para isso é que o Algon estimula a microbiota e, ao mesmo tempo, fortalece o enraizamento.  No entanto, um de seus efeitos mais importantes é o aumento da resiliência da área de cultivo às adversidades climáticas. De maneira geral, o uso de insumos biológicos reduz a vulnerabilidade da lavoura ao clima incerto, mas, no caso específico do Algon, a contribuição que ele traz para a translocação de fotoassimilados é um diferencial. Com estes compostos bem distribuídos por toda sua extensão, a planta ganha força de modo consistente, melhorando sua eficácia em se manter diante de secas, ventos, chuvas etc. Como o Algon faz o que faz? Os benefícios que os produtores colhem do uso do Algon resultam das ações que provoca na planta e no solo ao ativar e estimular processos fisiológicos – absorção de água e nutrientes, fotossíntese, translocação de fotoassimilados e estabilizantes estruturais dos tecidos etc.  O magnésio presente no Algon, por exemplo, potencializa a fotossíntese. Essa única ação aciona uma reação em cadeia. A fotossíntese mais eficiente leva a uma maior produção de nutrientes; com mais nutrientes, a planta produz mais, gera frutos melhor qualidade, tem menor necessidade de outros insumos agrícolas, consome menos água e reduz o impacto ambiental da área de plantio. No fim dessa equação, o esforço operacional – assim como o custo – é reduzido, enquanto a produtividade cresce. Bioinsumos e o futuro da agricultura O Algon e seus benefícios são uma pequena parcela no grande pacote de bioinsumos que ganha cada vez mais reconhecimento e espaço no agronegócio. Em 2021, Markestrat apurou, a partir de dados da ABCBio que, apenas no Brasil, os produtores movimentaram cerca de R$ 3 bilhões em compras de biológico. Em contrapartida, segundo a Spark Inteligência, a receita gerada pelo mercado de bioinsumos na safra 2020/2021 alcançou R$ 1,7 bilhão (37% mais que no ciclo anterior).  Esses números não surpreendem quem conhece o resultado prático da adoção de biológicos no manejo de lavouras. Da mesma forma, quem acompanha as mudanças recentes no mercado de consumo, reconhece neles o reflexo dos anseios de consumidores cada vez mais preocupados com saúde e meio-ambiente. Mas o papel dos insumos biológicos no futuro da agricultura vai além dos bons resultados no campo e da satisfação dos consumidores. De fato, as práticas convencionais de tratar a terra são incapazes de manter a produção agrícola. Precisamos recuperar o solo e a capacidade de reconhecer os movimentos da natureza, a fim de aproveitá-los harmonicamente. É assim que os bioinsumos atuam, é isso que garante seu potencial de melhorar a qualidade e a eficiência da agricultura, ajudando a garantir a produção de alimentos suficientes para atender à demanda crescente da população mundial.

Novas tecnologias e perspectivas dos produtos biológicos

Novas tecnologias e perspectivas dos produtos biológicos

As novas tecnologias são indispensáveis para atender o crescente desejo do consumidor global por produtos sustentáveis que, por sua vez, tem direcionado os produtores a uma agricultura conservativa e regenerativa. No cenário nacional, a instituição do Programa Nacional de Bioinsumos, datada de maio de 2020, possibilita a estruturação e regularização facilitada de novos produtos biológicos lançados no mercado brasileiro, por conta da segurança que essas inovações apresentam aos seus consumidores. Atualmente, a legislação brasileira permite o lançamento de um novo produto biológico em um período de até 2 anos, enquanto o tempo de aprovação de um novo defensivo químico no Brasil pode chegar a 10 anos, segundo dados da Croplife Brasil. Essa agilidade no registro dos insumos biológicos atua como um incentivo aos produtores e investidores do mercado nacional, impulsionando cada vez mais a cadeia da categoria. Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), no período de 1991 a 2021, foram registrados 433 novos produtos biológicos no país, sendo 22,2% destes lançados somente no ano de 2020. E a expectativa é de aumento desses números nos próximos anos. Novas tecnologias a serviço do agro Com investimentos em pesquisa de bioinsumos, novas tecnologias surgem no mercado, é o caso dos semioquímicos, uma classe de biodefensivos agrícolas que tem adoção crescente nas lavouras brasileiras. Esses produtos biológicos de controle são desenvolvidos a partir de substâncias químicas presentes em seres vivos e que irão afetar a sobrevivência de outros seres vivos indesejados no campo, de duas formas possíveis: pela ação de feromônios ou na forma aleloquímica.  Os benefícios do uso de semioquímicos são inúmeros: manejo da resistência aos inseticidas tradicionais; redução de resíduos no produto final; redução de uso de combustíveis que seriam usados para aplicação de inseticidas tradicionais; redução de emissão de gases de efeito estufa; redução de custos, uma vez que já é possível produzir biotecnologicamente com um custo cinco vezes menor se comparado à forma sintética tradicional, segundo informações da Croplife Brasil; entre outros. Outra tecnologia recente é a BioAs – Tecnologia de Bioanálise de Solo, ferramenta criada pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), para análise de solo, que agrega componentes biológicos enzimáticos para identificar danos à saúde do material analisado. Em comparação com indicadores físicos ou químicos, as enzimas “arilsulfatase” e “beta-glicosidase”, utilizadas nessa técnica, apresentam vantagem de identificar prejuízos mais rapidamente, levando a um maior rendimento de grãos e sanidade do solo.  Além disso, outras vantagens incluem: alta precisão; auxílio na ciclagem do solo; não são influenciadas pela aplicação de adubos; baixo custo; e proporcionam uma análise simples. Assim, o produtor pode identificar problemas e solucioná-los mais rapidamente, com menor esforço e menor custo, e ainda proporcionando saúde ao ecossistema. Em decorrência da demanda por novas tecnologias e descobertas, são necessários novos centros de pesquisa com profissionais qualificados e equipamentos que permitam produzir e disponibilizar produtos para o mercado, são eles as biofábricas de bioinsumos. Como exemplo do alto investimento contínuo no mercado de insumos biológicos, temos a recém inaugurada biofábrica da Embrapa Arroz e Feijão em Santo Antônio de Goiás, Goiás, criada com iniciativas pública e privada em novembro de 2022.  O futuro do mercado brasileiro de bioinsumos é animador, com expectativa de despontar ainda mais no cenário global. Novas tecnologias têm emergido diante deste cenário e os próximos anos prometem grandes novidades para revolucionar ainda mais a agricultura, caminhando cada vez mais para sistemas regenerativos de produção.   O texto Novas tecnologias e perspectivas dos produtos biológicos foi escrito por: Marcos Fava Neves é Professor Titular (em tempo parcial) das Faculdades de Administração da USP em Ribeirão Preto e da EAESP/FGV em São Paulo, especialista em planejamento estratégico do agronegócio.   Vinícius Cambaúva é associado na Markestrat Group, formado em Engenharia Agronômica pela FCAV/UNESP e aluno de mestrado na FEA/USP em Ribeirão Preto – SP.  Beatriz Papa Casagrande é consultora na Markestrat Group, graduada em Engenharia Agronômica pela ESALQ/USP e aluna de mestrado na FEA/USP em Ribeirão Preto – SP.  Rafael Barros Rosalino é analista na Markestrat Group, graduando em Medicina Veterinária pela FCAV/UNESP.

Os desafios da adoção dos bioinsumos

Os desafios da adoção dos bioinsumos

A conjuntura dos últimos anos somada à mudança de comportamento da sociedade, frente a um consumo mais consciente, gerou a demanda para práticas cada vez mais sustentáveis. Tal combinação configurou um grande crescimento na adoção dos bioinsumos, devido a esses produtos atenderem uma série de requisitos ecológicos aliados a aspectos como qualidade, segurança e viabilidade econômica.  Suas utilidades na agricultura variam desde o controle de pragas e doenças no campo, ampliação da absorção de água pelas plantas, otimização do desempenho de outros insumos, melhoria das necessidades nutricionais do solo, promoção do crescimento e desenvolvimento das culturas e, consequentemente, no aumento da rentabilidade da lavoura.  Desafios para a adoção dos bioinsumos Mas nem tudo são flores… Para um avanço ainda mais significativo na adoção dos bioinsumos, o setor tem muitos desafios a serem enfrentados para o seu pleno desenvolvimento.  A começar pelo baixo nível de conhecimento dos produtores a respeito das propriedades físicas, químicas e biológicas que levam às suas funcionalidades positivas e, ainda, pouco acesso à assistência técnica especializada para a orientação do uso desses produtos. Ou seja, ainda são necessários esforços para que o mercado dos bioinsumos se posicione com a devida comunicação baseada em informações que auxiliem esse nicho a se consolidar como uma alternativa efetiva e sustentável a ser incorporada nas práticas agrícolas. Outro entrave a ser superado está na questão regulatória, uma vez que os insumos biológicos ainda são regulamentados por leis generalistas de produtos como: fertilizantes e defensivos químicos, sementes, produtos de uso veterinário, entre outros. Porém, com a criação do Programa Nacional de Bioinsumos, já estão sendo elaboradas propostas de legislações voltadas exclusivamente aos biológicos, para que o setor ganhe ainda mais confiança no mercado nacional e internacional. Mais uma problemática que existe pela frente, se dá pela falta de integração entre pesquisadores, indústria e produtores, para que o desenvolvimento de novos produtos comerciais seja contínuo. Existe uma grande complexidade na prospecção de novas moléculas que resolvam os problemas existentes no campo, portanto, há necessidade de muitos esforços de pesquisa e recursos financeiros para que análises cada vez mais especializadas permitam o entendimento dos impactos desses produtos nos processos moleculares, bioquímicos e fisiológicos do meio-ambiente e das plantas. Nosso país é dotado da maior biodiversidade do mundo, e esse ativo infelizmente ainda é pouco explorado nos dias de hoje. Perspectivas positivas Apesar das grandes perspectivas de crescimento para o mercado dos bioinsumos nos próximos anos, ainda existem importantes desafios pela frente. Contudo, é nítida a organização do setor para consolidar novos modelos de produção baseados em ações que protejam a natureza e a saúde animal e humana.  O uso racional dos recursos naturais, a redução de agroquímicos e a incorporação de produtos biológicos que realizam a manutenção de microrganismos benéficos ao desenvolvimento e proteção das culturas são os pilares que irão aumentar a biodiversidade do sistema produtivo, trazendo resiliência ambiental e econômica ao ecossistema – aí está, afinal, o grande valor da adoção dos bioinsumos. Se eu fosse você, não deixaria de conhecer mais sobre esses produtos que prometem revolucionar a agricultura do futuro, vamos em frente!   O texto Os desafios da adoção dos bioinsumos foi escrito por: Marcos Fava Neves é Professor Titular (em tempo parcial) das Faculdades de Administração da USP em Ribeirão Preto e da EAESP/FGV em São Paulo, especialista em planejamento estratégico do agronegócio.   Vinícius Cambaúva é associado na Markestrat Group, formado em Engenharia Agronômica pela FCAV/UNESP e aluno de mestrado na FEA/USP em Ribeirão Preto – SP.  Beatriz Papa Casagrande é consultora na Markestrat Group, graduada em Engenharia Agronômica pela ESALQ/USP e aluna de mestrado na FEA/USP em Ribeirão Preto – SP. 

Agrivalle Markets 13: Dezembro de 2022

Nosso boletim de dezembro de 2022 em parceria com a Agrivalle começa agradecendo a vocês, produtores, profissionais do agro, pesquisadores – e outros – que nos acompanham mensalmente por aqui. Esperamos ter contribuído com a sua jornada neste ano e desejamos um excelente 2023 de muito trabalho e resultados! E vamos ao resumo dos fatos que marcaram o setor em novembro e também nos últimos dias desse ano. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado no início de dezembro de 2022 indicou alta de 0,41% no mês de novembro, abaixo do registrado em outubro (0,59%). Com isso, a inflação acumulada nos últimos 12 meses está em 5,90%, menor taxa dos últimos 21 meses. Em 2022, o IPCA acumula 5,13%.  Entre os nove grupos acompanhados pelo indicador, sete tiveram alta no mês passado: alimentação e bebidas (+0,53%); habitação (+ 0,51%); vestuário (+1,10%); transportes (+ 0,83%); saúde e cuidados pessoais (+ 0,02%); despesas pessoais (+ 0,21%); educação (+ 0,02%); artigos de residência (- 0,68%); e comunicação (-0,14%).  No grupo dos “Transportes”, a alta é justificada especialmente pelo aumento nos preços dos combustíveis (etanol cresceu 7,6% e a gasolina 3,0%). Nos alimentos, as duas maiores variações foram a cebola (+23,0%) e o tomate (+ 15,7%) e as duas principais quedas foram o leite longa vida (- 7,09%) e o frango (- 1,75%).  Com relação aos indicadores da economia brasileira, divulgados pelo boletim Focus/Bacen de 16 de dezembro de 2022, percebe-se certa estabilidade no mercado. De acordo com o relatório, o IPCA deve fechar o ano em 5,76% (queda), enquanto que no ano seguinte espera-se 5,17% (aumentou). Já o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) está projetado em 3,05% para este ano e em 0,79% para o próximo (ambos em estabilidade).  A taxa Selic foi mantida em 13,75% para 2022 e em 11,75% para 2023 (ambos estáveis), enquanto que o câmbio deve se sustentar nos R$ 5,25 no fechamento deste ano e 5,26 em 2023. Importante monitorar como o mercado irá reagir às indicações dos ministérios para o novo governo. Preços no mundo Conforme divulgado no começo de dezembro de 2022, em âmbito global, os preços dos alimentos mantiveram a tendência de queda no mês de novembro, após atingir o ápice em março de 2022. O Índice de Preços de Alimentos da FAO (Agência das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação) alcançou 135,7 pontos no mês, uma redução marginal de 0,15% frente a outubro (135,9 pontos), o que representa o oitavo mês consecutivo de quedas. No entanto, quando comparado a novembro de 2021, o indicador ainda está 0,3% maior.  Dentre os segmentos que compõem o índice, cereais tiveram queda de 1,3%, com impacto significativo do trigo, o qual recuou 2,8% graças à renovação do acordo que permite a Ucrânia utilizar a rota no Mar Negro para escoamento; as carnes tiveram decréscimo de 0,9%; e os lácteos caíram 1,1%.  Óleos vegetais e açúcar foram na contramão, com aumento dos preços em 2,3% e 5,2%, respectivamente. No primeiro caso, houve forte demanda pela matéria-prima para biocombustível, o que impulsionou o preço. Já com relação ao adoçante, a valorização do etanol no Brasil gerou pressão positiva sobre os preços globais do açúcar. Fertilizantes russos mais caros A indústria de fertilizantes russa deverá ganhar um novo detrator de suas margens, o que deve influenciar nos preços finais do insumo. O governo de Putin estabeleceu a cobrança de um tributo inédito sobre a tonelada de NPK exportada – consiste em uma alíquota de 23,5% sobre a diferença do preço praticado do fertilizante e o preço referência de US$ 450,00.  A decisão tem como objetivo equilibrar as contas do governo russo, as quais estão abaladas pelos gastos com a guerra contra a Ucrânia. Dessa forma, a StoneX já estima um repasse desse custo adicional aos mercados consumidores, com cotações de ureia e fosfatados 20% superiores no começo de 2023. Conab anuncia produção recorde A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) lançou sua 3ª estimativa para a safra brasileira de grãos de 2022/23 e as notícias continuam sendo boas. Houve apenas um pequeno reajuste de -0,3% frente ao número de novembro, mas a expectativa é de uma produção recorde de 312,2 milhões de t, 15,0% superior ao colhido no último ciclo. Quanto à área, estima que serão cultivados 77,0 milhões de ha, o equivalente a um crescimento de 3,3%.  Desdobrando as culturas, na soja espera-se volume de incríveis 153,5 milhões de t (+22,2%), considerando uma área de 43,4 milhões de ha (+4,6%). O milho deve somar área semeada de 22,3 milhões de ha (+3,5%), totalizando uma produção de 125,8 milhões de t (+11,2%), sendo 27,2 milhões de t advindos da safra verão (19,8%) e os 98,6 milhões de t (80,2%) restantes atribuídas à 2ª e 3ª safra.  Já na cultura do algodão, a produção de pluma deve se aproximar das 3,0 milhões de t (+16,6%) em uma área de 1,6 milhão de ha (+2,3%). Por sua vez, as culturas de inverno deverão entregar 11,4 milhões de t (+21,8%), com grande destaque para o trigo, que deve somar volume de 9,6 milhões de t (+24,4%) em área de 3,1 milhões de ha (+11,6%). Seguimos com um cenário de boas perspectivas! Também divulgado pela Conab, o boletim de acompanhamento da safra indica que o plantio de soja está praticamente concluído no país: até 10 de dezembro de 2022, o progresso era de 95,9% (contra 96,6% há um ano). O Rio Grande do Sul ainda se encontra com 85,0% das áreas plantadas (o mesmo percentual de um ano atrás); e o Maranhão está com 68,0% (há um ano era de 70,0%). Todos os demais estados já superam os 90% ou já concluíram as operações. No milho 1ª safra, o ritmo de plantio está um pouco abaixo, mas segue próximo do desempenho de 2021/22. Até 10 de dezembro de 2022, 76,6% das áreas totais para o cereal foram semeadas (era de 80,6% na mesma data de 2021). São Paulo, Minas Gerais e Paraná já concluíram as operações. No Rio Grande do