Nematoides na plantação de soja

Os nematoides na plantação de soja representam um dos maiores desafios para os produtores brasileiros. Estes vermes microscópicos se alimentam das raízes das plantas, que acessam a partir do solo e da água, dois de seus habitats preferidos. É assim que eles roubam nutrientes fundamentais para o desenvolvimento de grãos saudáveis. Como se não bastasse, enquanto se alimentam das substâncias nutritivas do vegetal, esta praga solta toxinas que vão diretamente para dentro das células da planta e favorece a ação de fungos. Ao atacar a lavoura de uma forma tão agressiva em sua origem e principal fonte de nutrição, os nematoides na plantação de soja provocam uma gama de danos bastante ampla, atingindo em cheio a produtividade. Para proteger a área de cultivo é imprescindível monitorar pontos críticos da sojicultura – água e nutrientes, manejo, ciclo de crescimento – e os sintomas da atividade desses pequenos vermes. Prejuízos da ação dos nematoides na plantação de soja A Sociedade Brasileira de Nematologia acompanha de perto os efeitos dos nematoides no agronegócio nacional. Suas análises indicam que os prejuízos do sojicultor giram em torno de R$ 26,8 bilhões, cifra condizente com a amplitude da ação da praga e de seus reflexos, que vão da redução da produtividade à perda de área cultivável. Os danos causados pelos nematoides podem incluir: Redução de produtividade: quando há uma infestação de nematoides na plantação de soja, os vegetais perdem substâncias nutritivas para a praga, por isso tendem a apresentar uma estatura menor, número reduzido de vagens e de grãos, levando a quedas na produtividade. Má qualidade dos grãos: além da redução na quantidade de grãos produzidos, as plantas de soja infestadas por nematoides também costumam ter grãos de menor tamanho e qualidade inferior, o que afeta diretamente o valor comercial do produto. Custos de controle: a presença de nematoides na plantação de soja requer cuidados especiais com o manejo, muitas vezes exigindo mudanças nas práticas culturais e a implementação de técnicas que colaborem com o combate à praga. Em paralelo, o produtor precisa adotar medidas de controle específicas, a exemplo da compra e da aplicação de nematicidas Estas ações, naturalmente, podem aumentar os custos de produção. Despesas com tratamentos: além dos custos com o controle imediato da infestação de nematoides na plantação de soja, muitas vezes há danos residuais que ameaçam a produtividade futura. De fato, é comum que estes parasitas persistam no solo por longos períodos. Para mitigar tal risco, os agricultores precisam investir em cuidados perenes, adotando medidas que evitem a reincidência, incluindo aquisição de sementes tratadas, entre outras iniciativas de controle. perda de área cultivável: quando uma área de cultivo é tomada por nematoides , suas características são alteradas de tal forma que ela pode ser inutilizada. Trata-se de um patógeno de eliminação difícil, cuja presença pode limitar as opções de rotação de culturas, uma prática comum para manter a saúde da lavoura e reduzir a pressão de pragas e doenças. Além disso, algumas espécies deste parasita podem formar cistos no solo, onde depositam ovos resistentes que chegam a ficar ali por anos. São tantas as dificuldades que alguns agricultores chegam a optar por abandonar a área em função dos custos e obstáculos para torná-la produtiva de novo. A ameaça que os nematoides na plantação de soja representam para o agronegócio é inquestionável. Segundo o Canal Rural, a cada 10 safras de soja produzidas no Brasil, uma é perdida por causa de nematoides . Em termos financeiros, isso significa R$ 374 bilhões de prejuízo para a sojicultura nacional. Sem dúvida, um cenário alarmante, mas que pode ser revertido com monitoramento aliado ao combate e a prevenção. Toda a cadeia produtiva da indústria agrícola está empenhada em buscar soluções para a alta incidência de nematoides na plantação de soja, bem como em outras culturas. O controle deste patógeno, afinal, depende de um mix de ações, que envolve técnicas de plantio a limpeza de equipamentos. Nesse contexto, graças a sua multifuncionalidade, os bioinsumos assumem um papel importante no controle da praga e no tratamento de áreas de cultivo afetadas. Um bom exemplo é o nematicida microbiológico Profix, que age em diferentes estágios de vida do nematoide. Em outras palavras, ao ser aplicado numa área infestada, ele atua no controle do parasita da fase de ovo à sua forma adulta. Sua ação pode ser reforçada com o uso do Algon, que potencializa o desenvolvimento dos vegetais ao associar bioestimulantes indispensáveis para a fotossíntese e a translocação de fotoassimilados. Assim, enquanto e nematoides na plantação de soja agem no sequestro de nutrientes, ele reforça e dá suporte a processos essenciais para a saúde da planta.Essas soluções fazem parte do portfólio da Agrivalle, que conta com vários bioinsumos qualificados para compor um mix de combate aos nematoides . Nossa equipe está pronta para montar uma seleção personalizada para a sua área de cultivo, é só entrar em contato.
Risco de nematóides no algodão – você está realizando o manejo correto da sua lavoura de algodão?

A cultura algodoeira é o ponto de partida de uma das cadeias produtivas mais importantes da economia mundial, a da moda. Embora esta indústria movimente milhões e conte com uma força de trabalho gigantesca, tem entre suas principais ameaças um ser microscópico que vive embaixo da terra. Bem no início do ciclo de produção de roupas, lençóis e afins, a presença de nematóides no algodão é um pesadelo! A cotonicultura tem lugar de destaque no cenário socioeconômico mundial, e o Brasil está entre os responsáveis pelos números do setor. Estamos entre os principais produtores mundiais de algodão, uma liderança dividida com Paquistão, Estados Unidos, Índia e China. A produção de algodão no Brasil Hoje, temos mais de um milhão de hectares do país ocupados por algodoeiros, sendo a maior concentração nos estados de Goiás, Bahia e Mato Grosso. Vale lembrar que houve um crescimento significativo entre 2014 – quando o algodão brasileiro era cultivado em 564 mil ha – e 2019 – quando chegamos a 1,072 ha. Os bons ventos continuam soprando nessa lavoura, que espera resultados positivos na safra 2021/2022, apesar de dificuldades relacionadas ao clima. Os produtores, aliás, estão redobrando os cuidados para evitar que as incertezas geradas pelas mudanças climáticas afetem a qualidade da pluma. Além das consequências diretas de secas, chuvas e geadas fora do calendário, eles precisam lidar com seu reflexo no solo – ou melhor, precisam se adiantar a isso, garantindo que a biota esteja saudável, preparada para proteger as raízes e lidar com pragas e doenças. A ameaça dos nematóides no algodão Vários males podem afetar o algodoeiro, entretanto identificar nematóides no algodão é uma das notícias mais desanimadoras nessa cultura. Isso porque eles afetam a área de cultivo de tal forma que deixam a planta mais suscetível a outros problemas. De fato, entre os mais de 250 agentes patogênicos prejudiciais ao algodoeiro, nenhum abala a produtividade de maneira tão significativa quanto os nematóides. Para controlá-los, há, basicamente, dois conjuntos de medidas. O primeiro é preventivo e se resume a evitar que eles entrem na área de cultivo. Para tanto, a receita é fazer rotação com plantas que não sejam suas hospedeiras, acontece que esta não é uma tarefa tão simples quanto parece. Por mais que a rotação de culturas seja uma das formas mais eficazes no controle de nematóides no algodão, esse tipo de patógeno é tão presente na natureza que pode afetar uma gama de plantas bem grande. Geralmente, quando o produtor encontra uma espécie com as características necessárias, ela não é rentável para o negócio. Além disso, muitas variedades de alto valor agronômico são geneticamente desprovidas de defesas contra o patógeno. É aí que entram os nematicidas e o segundo método para controlar os nematóides no algodão. Nematóides no algodão – um histórico de controle Por muito tempo, os nematicidas eram conhecidos por trazerem prejuízos ao meio-ambiente e à saúde das pessoas. Mais que isso, eram classificados como sendo de alta periculosidade, tanto que muitos foram banidos do mercado. Para substituí-los, a indústria agropecuária desenvolveu opções menos tóxicas, inclusive produtos biológicos. O êxito dos bionematicidas é bastante significativo no combate a nematóides no algodão, inclusive nas espécies mais comuns nessa cultura, como Pratylenchus brachyurus e Meloidogyne incognita. É o caso do Profix, desenvolvido pela Agrivalle. Contando com um mix de três microrganismos, ele acaba atuando de diferentes formas. Com isso, cobre um amplo espectro, conseguindo atuar em diversas fases dos nematóides. Assim, ele atua na biota de forma contínua, como em um tratamento. O Profix é um produto inovador, foi o primeiro nematicida a trazer 3 microrganismo em sua formulação –, as bactérias Bacillus subtilis e Bacillus licheniformis e o fungo Paecilomyces lilacinus (Purpureocilium lilacinum). Este trio atua em associação, oferecendo, portanto, tripla proteção à área de cultivo. Uma andorinha só não faz verão Apesar de todos os avanços no desenvolvimento de nematicidas e na redução da toxicidade do produto, a eficácia no trato de nematóides no algodão ainda depende de outras práticas associadas. Portanto, garanta que os seguintes passos sejam seguidos em seu algodoeiro: Identifique o problema – quando confirmar que há nematóides no algodão, você precisa saber com qual espécie está lidando, afinal isso interfere nas medidas de combate. Como estamos falando de seres microscópicos, você vai precisar contratar um laboratório para esta avaliação. Adote rotação de culturas – alterne as espécies plantadas na área onde cultiva algodão, evitando aquelas que servem como hospedeiras do mesmo tipo de nematóides, pois isso aumentaria o risco de incidência do parasita. Mantenha equipamentos e máquinas limpos – nematóides podem ser levados de um lugar para outro, tendo os equipamentos utilizados no manejo como meio de transporte. Tanto numa pá como numa máquina, uma porção de terra contendo o parasita pode ser levada para uma parte do solo até então saudável. Monitoramento contínuo – fique atento ao solo e às raízes, retirando amostras periodicamente e enviando-as para análises em laboratório. Essa medida deve ser tomada mesmo depois da identificação positiva do patógeno, pois acompanhar o problema, assim como sua evolução e combate, permitirá que você faça intervenções sempre que necessário e se assegure de que as medidas de controle estão funcionando.
Como os nematoides afetam a produtividade

Os nematóides podem trazer diversos riscos as culturas, afetando diretamente na produtividade da lavoura. Os vermes que atacam as plantas são denominados fitonematoides. Eles estão presentes no solo e na água e se alimentam das substâncias nutritivas da planta, mas o problema é que, ao se alimentar, eles liberam toxinas no interior das células vegetais, causando problemas severos à cultura. Por conta disso é importante se ter o manejo correto dos fitonematoides. Sintomas causados pelos principais nematóides Meloidogyne spp. Um dos principais sintomas causado por esse fitonematoide é a galha. Esse tipo de sintoma, normalmente, pode apresentar diferentes tamanhos e quantidade, sendo muito comparado a tumores. Isso acontece pois são alterações celulares que ocorrem durante o processo de alimentação do Meloidogyne, no interior das galhas, então, encontramos as fêmeas, que depositam seus ovos e logo após a eclosão os jovens vão atrás de novos hospedeiros. Entendendo isso podemos dizer que isso irá acarretar a murcha, desfolha, plantas com porte menor e, consequentemente, a diminuição da produtividade. Normalmente, esses sintomas são confundidos com estresse hídrico, abiótico ou até mesmo nutricional, então, deve-se ter em mente que os sintomas irão aparecer em reboleira, nunca seguindo um padrão geral. Heterodera glycines Também conhecido como Nematóide, do cisto da soja, visto que ele tem a soja como sua hospedeira principal, e a sua doença é conhecida como nanismo amarelo da soja. Isso ocorre, pois, ao penetrar nas raízes esse endoparasita interrompe a absorção de água e nutrientes, fazendo com que a planta tenha seu porte reduzido e amarelecimento das folhas. Rotylenchulus reniformis Esse nematóide se diferencia um pouco dos citados acima, quando ele invade a planta pelas raízes ele diminui a formação de radicelas, que são as raízes menores, o que faz com que a planta diminua sua absorção de água e nutrientes, visto que quanto maior radicelas maior a absorção radicular da planta.Esse nematóide tem a soja e o algodão como seus hospedeiros principais e pode parasitar outras culturas tais como: bananeira, abacaxizeiro, coentro, gravioleira. Pratylenchus brachyurus O último e não menos importante, é mais conhecido como nematoide das lesões radiculares, assim como os outros é um dos que vêm causando muitos problemas na cultura soja, mas também para outros hospedeiros com grande valor econômico, sendo elas: cana-de-açúcar, arroz, milho, sorgo, algodão, eucalipto etc. Esse fitonematoide tem causado perdas significativas na soja, ele faz a parasitação por meio da raiz e, assim, quando o mesmo se movimenta e faz a liberação de certas toxinas abre feridas que são porta de entrada para outros patógenos, deixando assim a planta doente. Os nematóides, assim como alguns seres vivos, tem seu modo de locomoção limitado, ou seja, depende de vetores para a sua dispersão, tais como: ventos fortes, água utilizada para irrigação da lavoura, máquinas e implementos agrícolas, pessoas/animais e mudas infectadas, que foram produzidas em um substrato já com a presença do nematoide. Por isso é sempre necessário a prevenção desses agentes indesejáveis, para isso temos algumas soluções que devem ser tomadas a partir do grau de infestação e do tipo de nematóide, para isso é sempre bom ter a consultoria de um Engenheiro Agrônomo. As soluções que devem ser tomadas são: esterilização das ferramentas e maquinários agrícolas; adquirir mudas e sementes saudáveis, livre de infecção e também cultivares resistentes; rotação de cultura, visando sempre culturas que não sejam hospedeira do nematóide, para assim diminuir a população por falta de alimento; plantas antagonistas, que tem como intuito impedir o desenvolvimento de algumas espécies, sendo dividida em duas classes: plantas Armadilhas: impede o desenvolvimento dos nematóides quando ele penetram na planta; hospedeiras Desfavoráveis: Ao invadir o sistema radicular alguns nematóides não fazem o desenvolvimento completo. manutenção nos níveis de potássio, pH equilibrado e eliminação de camadas compactadas do solo; controle biológico, utilizando predadores naturais (Vírus, ácaros, fungos, nematóides predadores e bactérias).