Como proteger sua lavoura de soja na próxima safra 

Para estar entre entre os maiores produtores de grãos do mundo, o Brasil conta com muito mais que terra fértil. Sem dúvida, a natureza nos beneficiou, mas o sucesso do agronegócio nacional relaciona-se, em grande parte, ao bom conhecimento dos produtores em relação às culturas que cultivam e seus desafios – inclusive quando se trata da lavoura de soja.

Com efeito, é assim que eles criam as bases que viabilizam uma ação conjunta com o que a natureza oferece, potencializando qualidades e protegendo a plantação daquilo que pode colocar a safra em risco. Só para ilustrar, vamos considerar a sojicultura.

Cenário geral da cultura de soja

Segundo a Embrapa, o Brasil é o maior produtor mundial de soja. Na safra 2020/21, foram produzidos 135,409 milhões de toneladas em um total de 38,502 milhões de hectares espalhados por diversos estados do país. 

Para manter-se na dianteira, o produtor brasileiro precisa lidar com uma série de ameaças, e elas não se restringem a doenças e pragas agrícolas. Assim como vem acontecendo em outras culturas, a cada ano, a lavoura de soja sente com mais força os riscos provocados pela questão climática.

Quando o clima ameaça a lavoura de soja

Enquanto aguardamos números precisos da safra de soja 2021/22, já sentimos, nas revisões de estimativas, a apreensão gerada por um clima cada vez mais incerto. São chuvas, secas e geadas que ocorrem tanto em lugares inesperados como fora do calendário padrão, muitas vezes surpreendendo o produtor e gerando prejuízos consideráveis. 

Para proteger a lavoura de soja das incertezas climáticas, é preciso intensificar algumas medidas e cuidados bem conhecidos. Para começar, por mais óbvio que seja, invista em sementes de qualidade e garanta a saúde do solo. Mais precisamente, você tem que buscar um plantio o mais próximo possível da perfeição

Compreenda que está bem difícil prever uma chuva de enxurrada, mas sabemos da importância de um solo saudável para o desenvolvimento de uma raiz forte, capaz de se manter firme. Da mesma forma, o equilíbrio da biota é essencial para otimizar o consumo de água em caso de secas. 

Para ajudar a lavoura de soja nesse ponto, a aplicação de um bioinsumo pode ser uma das melhores soluções. Uma alternativa é o Algon, que contém extrato de algas e aminoácidos em sua formulação que possuem propriedades orgânicas que auxiliam no desenvolvimento vegetativo da cultura, permitindo que a planta suporte as adversidades climáticas.

Informação precisa e segura é outra peça fundamental para garantir a produtividade da soja diante dos desafios do clima. Isso abrange ações simples, como visitas constantes à plantação. Nesses momentos, sempre que possível, é interessante registrar suas observações. Aliás, busque incentivar sua equipe a abraçar esta prática.

Alie a isso ferramentas tecnológicas que organizam e estruturam os dados da lavoura de soja, bem como aquelas que acompanham o comportamento do clima.

Doenças e pragas na lavoura de soja

São inúmeras as doenças e pragas que podem afetar a lavoura. Nos últimos tempos, no entanto, uma preocupação crescente com nematóides vem chamando atenção – e não poderia ser diferente. 

A SBN (Sociedade Brasileira de Nematologia) contabilizou os prejuízos causados por esses vermes em R$ 26,8 bilhões, isso só na sojicultura. Acontece que eles agem de maneira bem agressiva, liberando toxinas diretamente no interior das células da planta.

Para proteger a lavoura de soja dessa ameaça, os nematicidas entram em cena. O Profix, por exemplo, é eficiente no combate a dois nematóides diferentes, o nematóide-das-lesões (Pratylenchus brachyurus) e nematóide-das-galhas (Meloidogyne incognita).

Alguns fungos também podem trazer muitos prejuízos para a sojicultura. Nesse caso, o Twixx-A realiza o controle biológico de doenças foliares, como antracnoses, mancha alvo e mancha branca, que têm alta ocorrência no Brasil.

Proteção ampla e estratégica

A proteção da lavoura de soja será maximizada com alguns outros cuidados bem conhecidos pelos produtores, como fazer o rodízio de plantações e respeitar o espaçamento indicado entre as sementes.

A rotação de culturas sobreviveu ao tempo e a uma série de inovações por um motivo. Sua prática pode reduzir a incidência de patógenos que resistem no solo quando uma plantação é colhida e encerrada. 

Mas, para isso acontecer, a escolha das plantações que serão rotacionadas deve considerar os patógenos para os quais cada cultura serve como hospedeira. A ideia é cultivar espécies que vão impactar o solo de modo a dificultar o desenvolvimento de microrganismos nocivos para a lavoura que vem em seguida. 

Em síntese, a proteção da lavoura de soja anda de mãos dadas com o manejo integrado. Cuidados com o solo, controle de pragas, rotação de culturas, espaçamento entre sementes, gestão de dados… Combinando todos esses recursos, potencializamos resultados, reduzindo os riscos de qualquer ameaça à produtividade.

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