4 doenças do solo para manter distância

O solo é a principal ferramenta da agricultura, representando um grande celeiro de vida. Na agricultura, a vida do solo tem uma influência direta nas características físicas, químicas e biológicas do solo, influenciando a produtividade e qualidade das colheitas. O solo é o habitat de uma grande diversidade de microrganismos que atuam na transformação e decomposição da matéria orgânica, ciclagem de nutrientes e fluxo de energia do solo. Um ambiente ambíguo Por mais paradoxal que seja, a cura e a causa das doenças do solo habitam o mesmo lugar. Na parte oculta da lavoura, microrganismos prejudiciais e benéficos às plantas se relacionam com elas e entre si. Neste convívio, portanto, alguns assumem o papel patógenos, enquanto outros ajudam a combatê-los. A ambiguidade do habitat de plantio exige atenção do agricultor, afinal, ele precisa se proteger das ameaças sem eliminar os microrganismos com potencial de colaborar com a plantação. Assim, é mandatório que conheça sua área de cultivo. Tal conhecimento é o ponto de partida para a prevenção, o monitoramento e o manejo adequado das doenças do solo, bem como para a consequente minimização de seus impactos nas culturas agrícolas. Doenças do solo em contexto A variedade de microrganismos vivendo sob a terra reúne inúmeras espécies. São fungos, bactérias, vírus, nematóides e até mesmo protozoários – cada um deles pode causar diferentes patologias ou provocar vulnerabilidades que colocam a plantação em risco. A prevalência e os impactos das doenças do solos variam de uma região para outra, dependendo das condições climáticas, tipos de culturas cultivadas e práticas agrícolas adotadas. O manejo e o controle dependem da identificação precisa do patógeno envolvido e da implementação de estratégias específicas. Muitas vezes, isso envolve a adoção de práticas de cultivo, seleção de variedades resistentes e o uso de medidas de controle adequadas. 4 doenças, uma solução No pacote de ações para o manejo das doenças do solo, os bioinsumos são aliados importantes. Nesse sentido, a Agrivalle desenvolveu um poderoso fungicida microbiológico altamente eficaz com amplo espectro de controle para o complexo de doenças de solo que atua no controle de 4 doenças que acomentem as plantações e causam prejuízos aos ocasionando agricultores brasileiros: Tombamento (Rhizoctonia solani) – considerado um problema que atinge os primeiros estádios de desenvolvimento das plantas e ocorre em diversas culturas de importância econômica. Responsável por causar a podridão nas raízes e redução da germinação, pode ser causada por diferentes tipos de patógenos. O tombamento pode causar perda da produtividade, afetar a qualidade dos grãos, promover a morte das plantas e falhas na plantação. qu A Podridão-radicular (Rhizoctonia solani) – A podridão radicular é uma doença que afeta as raízes das plantas comprometendo seu desenvolvimento e podendo levar a planta à morte. A doença é causada por diversos agentes patogênicos, como fungos do gênero Fusarium, Phytophthora, Rhizoctonia, entre outros. Semente infectadas germinam lentamente e, quase sempre, as plântulas morrem durante a emergência. Seus sintomas incluem a deterioração das raízes e total perda de função radicular, de modo que, em casos graves, pode provocar a morte da planta. Mofo-branco – é uma doença causada pelo fungo Sclerotinia sclerotiorum, que ataca as hastes e ramos das plantas, gerando amarelecimento, murcha, secamento das folhas, podendo, inclusive levar à morte da planta. Possui uma grande variedade de hospedeiros, o que torna um grande desafio o controle. Pode causar grandes prejuízos em culturas de grande importância econômica como soja, algodão, tomate, batata, entre outras. Fusariose – patologia cujos impactos alcançam tanto o terreno quanto a plantação. Ela afeta o sistema radicular e os caules dos vegetais, prejudicando a absorção de nutrientes e água. Os sintomas incluem murcha, amarelecimento das folhas, descoloração dos caules e podridão das raízes e em infecções severas o quadro pode se agravar causando a morte da planta. Em alguns casos, os agentes responsáveis pela doença podem formar estruturas semelhantes a esporos chamadas clamidósporos, que ajudam na disseminação da doença. Em comum, essas quatro ameaças têm a causa fúngica e a indicação do Shocker para compor a estratégia de manejo. O biofungicida da Agrivalle é um produto inovador, sendo o primeiro registrado com três microrganismos – duas bactérias e um fungo – com amplo espectro de ação. Sua eficácia no biocontrole de doenças do solo é consequência de estudos aprofundados e focados no objetivo de combater estas patologias, garantindo a produtividade da lavoura e a harmonia com o meio-ambiente. Converse com nossa equipe para receber a melhor orientação.
Produção de alimentos saudáveis com a ajuda de bioinsumos

Na agricultura moderna, produzir alimentos já não é o bastante, precisamos de produção de alimentos saudáveis. Muito se fala das mudanças no perfil do consumidor, que, dia a dia, se torna mais atento à sua saúde e à qualidade do que consome, especialmente do que ingere. O interessante é observar como esta tomada de consciência vem gerando um movimento positivo para o agronegócio. Por muito tempo, os agroquímicos foram os grandes aliados do agricultor para produzir alimentos próprios para o consumo em escala. Com o tempo, transformações na sociedade – de inovações logísticas a ampliação do acesso a energia elétrica – levaram a um cenário bem diferente do que vivíamos no século XX. Tais mudanças viabilizaram e serviram para impulsionar o consumo consciente. Assim, um novo cenário começou a se desenhar para todos os setores da economia, de modo que a produção de alimentos saudáveis é apenas um dos tijolos dessa construção super consistente que é a economia verde. Para assumir sua parte nesse movimento, o agronegócio tem grandes aliados nos bioinsumos. Bioinsumos e produção de alimentos saudáveis Os insumos biológicos (ou bioinsumos) são produzidos a partir de organismos vivos, como fungos e bactérias, por exemplo. Quando aplicados ao manejo da lavoura, eles conseguem melhorar a qualidade e a produtividade de forma mais sustentável e natural. É por isso que são reconhecidos como aliados estratégicos na produção de alimentos saudáveis. De fato, nesse sentido, eles trazem uma contribuição global, com cada benefício isolado se conectando com os demais a fim de formar uma corrente de proteção em torno da saúde do alimento. Para tanto, biofertilizantes e bioestimulantes seguem um modo de ação que se concentra em potencializar as relações entre os microorganismos que os compõem e as plantas. É assim que conseguem abastecê-las com nutrientes e compostos benéficos de acordo com as demandas que elas apresentam. Com a necessidade nutricional assegurada, a planta está pronta para garantir a qualidade de seus frutos. Seguindo a mesma dinâmica, os bioestimulantes impulsionam o crescimento e desenvolvimento dos vegetais que, metabolicamente ajustados (e bem nutridos) são capazes de sustentar uma maior produção de alimentos saudáveis. Nutridas e ágeis em seu metabolismo, elas se tornam mais resistentes a pragas e doenças, garantindo a integridade dos alimentos que produzem. Se, ainda assim, um suporte de proteção for necessário, os biopesticidas ajudam a combater os patógenos. Nesta equação, enquanto os bioinsumos se somam, os agroquímicos são subtraídos. Na agricultura moderna, eles ainda têm seu papel, ajudando a compor o manejo de áreas de cultivo quando necessário, mas sem dominá-las. Com isso, o depósito de resíduos químicos nos alimentos tende a cair safra a safra. Benefícios cumulativos Se a produção de alimentos saudáveis, por si só, já é um avanço considerável, o caminho para chegar a tal objetivo deixa um legado digno de nota: o tratamento do solo a longo prazo. Por serem produzidos a partir de fontes naturais, como plantas, microrganismos e resíduos orgânicos, os bioinsumos conseguem desenvolver uma relação simbiótica com a biota do solo. Assim, são capazes de promover a saúde e a qualidade na área de cultivo de forma gradual e progressiva, em contraste com outros tipos de insumos, que são eficazes em oferecer uma solução rápida e imediata, mas podem comprometer a qualidade do solo a longo prazo. Os microrganismos benéficos presentes nos insumos biológicos contribuem com a estrutura e a fertilidade do solo ao longo do tempo. Tal benefício está relacionado a sua capacidade de ajudar na decomposição da matéria orgânica presente na terra, liberando nutrientes e tornando-os disponíveis para as plantas. Com efeito, eles contribuem para o aumento da atividade biológica do solo, o que ajuda a manter sua saúde e qualidade a longo prazo. Em paralelo, a resistência e a imunidade da lavoura também são beneficiadas cada vez mais à medida que bioinsumos são aplicados. Com isso, cai a ocorrência de doenças e pragas e, consequentemente, temos redução no uso de produtos químicos e sintéticos para o controle. Em síntese, os bioinsumos ajudam a promover um ambiente mais salutar e equilibrado no solo, o que resulta em uma produção de alimentos saudáveis, de melhor qualidade a longo prazo – e tudo isso de forma mais sustentável. Todos estes benefícios são potencializados quando o manejo se dá com bioinsumos definidos em um mix de produtos que tenham ações complementares. Por isso, a Agrivalle tem uma equipe à sua disposição para ajudar, afinal, nosso portfólio foi desenvolvido tendo esta dinâmica em mente. Contamos com biofertilizantes (Algon, Implanta e Raizer), biofungicidas (Twixx-a e Shocker), inseticidas microbiológicos (Auin CE e Gr-inn) e muito mais. Entre em contato com a gente.
Os desafios da adoção dos bioinsumos

A conjuntura dos últimos anos somada à mudança de comportamento da sociedade, frente a um consumo mais consciente, gerou a demanda para práticas cada vez mais sustentáveis. Tal combinação configurou um grande crescimento na adoção dos bioinsumos, devido a esses produtos atenderem uma série de requisitos ecológicos aliados a aspectos como qualidade, segurança e viabilidade econômica. Suas utilidades na agricultura variam desde o controle de pragas e doenças no campo, ampliação da absorção de água pelas plantas, otimização do desempenho de outros insumos, melhoria das necessidades nutricionais do solo, promoção do crescimento e desenvolvimento das culturas e, consequentemente, no aumento da rentabilidade da lavoura. Desafios para a adoção dos bioinsumos Mas nem tudo são flores… Para um avanço ainda mais significativo na adoção dos bioinsumos, o setor tem muitos desafios a serem enfrentados para o seu pleno desenvolvimento. A começar pelo baixo nível de conhecimento dos produtores a respeito das propriedades físicas, químicas e biológicas que levam às suas funcionalidades positivas e, ainda, pouco acesso à assistência técnica especializada para a orientação do uso desses produtos. Ou seja, ainda são necessários esforços para que o mercado dos bioinsumos se posicione com a devida comunicação baseada em informações que auxiliem esse nicho a se consolidar como uma alternativa efetiva e sustentável a ser incorporada nas práticas agrícolas. Outro entrave a ser superado está na questão regulatória, uma vez que os insumos biológicos ainda são regulamentados por leis generalistas de produtos como: fertilizantes e defensivos químicos, sementes, produtos de uso veterinário, entre outros. Porém, com a criação do Programa Nacional de Bioinsumos, já estão sendo elaboradas propostas de legislações voltadas exclusivamente aos biológicos, para que o setor ganhe ainda mais confiança no mercado nacional e internacional. Mais uma problemática que existe pela frente, se dá pela falta de integração entre pesquisadores, indústria e produtores, para que o desenvolvimento de novos produtos comerciais seja contínuo. Existe uma grande complexidade na prospecção de novas moléculas que resolvam os problemas existentes no campo, portanto, há necessidade de muitos esforços de pesquisa e recursos financeiros para que análises cada vez mais especializadas permitam o entendimento dos impactos desses produtos nos processos moleculares, bioquímicos e fisiológicos do meio-ambiente e das plantas. Nosso país é dotado da maior biodiversidade do mundo, e esse ativo infelizmente ainda é pouco explorado nos dias de hoje. Perspectivas positivas Apesar das grandes perspectivas de crescimento para o mercado dos bioinsumos nos próximos anos, ainda existem importantes desafios pela frente. Contudo, é nítida a organização do setor para consolidar novos modelos de produção baseados em ações que protejam a natureza e a saúde animal e humana. O uso racional dos recursos naturais, a redução de agroquímicos e a incorporação de produtos biológicos que realizam a manutenção de microrganismos benéficos ao desenvolvimento e proteção das culturas são os pilares que irão aumentar a biodiversidade do sistema produtivo, trazendo resiliência ambiental e econômica ao ecossistema – aí está, afinal, o grande valor da adoção dos bioinsumos. Se eu fosse você, não deixaria de conhecer mais sobre esses produtos que prometem revolucionar a agricultura do futuro, vamos em frente! O texto Os desafios da adoção dos bioinsumos foi escrito por: Marcos Fava Neves é Professor Titular (em tempo parcial) das Faculdades de Administração da USP em Ribeirão Preto e da EAESP/FGV em São Paulo, especialista em planejamento estratégico do agronegócio. Vinícius Cambaúva é associado na Markestrat Group, formado em Engenharia Agronômica pela FCAV/UNESP e aluno de mestrado na FEA/USP em Ribeirão Preto – SP. Beatriz Papa Casagrande é consultora na Markestrat Group, graduada em Engenharia Agronômica pela ESALQ/USP e aluna de mestrado na FEA/USP em Ribeirão Preto – SP.
Linhas de financiamento de bioinsumos – 4 opções para aquisição ou produção

Quer saber quais são as linhas de financiamento de bioinsumos? Pois saiba que há vários instrumentos de crédito e fomento disponíveis para impulsionar este setor, tanto no que tange à aquisição de produtos para biocontrole como para sua fabricação. Desde 2020, incentivos financeiros a ações de desenvolvimento sustentável no que diz respeito aos bioinsumos vêm sendo oferecidos por meio de programas governamentais com a criação do Programa Nacional dos Bioinsumos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A partir daí, diversas iniciativas continuam sendo fortalecidas e estão se tornando cada vez mais verdes com a liberação do Plano Safra ano após ano. Alternativas de linhas de financiamento de bioinsumos O Programa ABC que conta com o Pronaf ABC+ Bioeconomia, oferece financiamento a agricultores e produtores rurais familiares para investimento na utilização de tecnologias de energia renovável, tecnologias ambientais, armazenamento hídrico, pequenos aproveitamentos hidroenergéticos, silvicultura e adoção de práticas conservacionistas e de correção da acidez e fertilidade do solo, visando sua recuperação e melhoramento da capacidade produtiva. É nesse contexto que ele disponibiliza linhas de crédito para projetos de construção ou ampliação de unidades de produção de bioinsumos e biofertilizantes na propriedade rural, para uso próprio. O Programa Inovagro financia a incorporação de inovações tecnológicas nas propriedades rurais – visando ao aumento da produtividade e melhoria de gestão – também oferece fomento via crédito rural nas modalidades de custeio para aquisição de bioinsumos ou investimento para montagem de biofábricas. Já para as cooperativas, as linhas de crédito estão inseridas no Prodecoop (Programa de Desenvolvimento Cooperativo), com incentivos à aquisição de equipamentos para a produção de bioinsumos. Esses recursos são maiores e possibilitam a ampliação da participação de produtos dessa natureza a mais agricultores. Ainda, é possível contar com a linha do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento) denominada BNDES Agro, também operada pelos agentes financeiros que operam no crédito rural. Em 2021, o BNDES passou a permitir também que o setor de bioinsumos seja financiado por mais duas linhas de crédito que serão permanentes. A primeira delas é a BNDES Finem, que foca operações superiores a R$ 20 milhões. A segunda, é a BNDES Crédito Rural, que é voltada para produtores de pequeno porte, abrangendo inclusive pessoas físicas. Dessa forma, o BNDES passa a oferecer crédito de maneira estável para os bioinsumos, tornando permanente o incentivo em vez de deixá-lo limitado à execução do orçamento definido anualmente. Dessa forma, pode estimular a adoção de práticas cada vez mais sustentáveis no agronegócio brasileiro, o que vai contribuir para mitigar os impactos ambientais e ainda fortalecer nossa competitividade internacional. Além do efeito positivo para o meio ambiente, os bioinsumos podem contribuir para a diminuição da dependência do setor externo no fornecimento de fertilizantes, tendo em vista que o Brasil é um dos maiores importadores mundiais de produtos químicos, especialmente fertilizantes e defensivos agrícolas. Com novos programas e incentivos fica cada vez mais possível incorporá-los na propriedade, não é mesmo produtor? Ninguém melhor que a Agrivalle para lhe oferecer o que há de mais inovador em tecnologia para a sua lavoura. Se eu fosse vocês, aproveitaria as oportunidades oferecidas pelas linhas de financiamento de bioinsumos e não deixaria de potencializar meus resultados e obter mais sucesso durante a jornada de produção! O texto Linhas de financiamento de bioinsumos – aquisição e produção foi escrito por: Marcos Fava Neves é Professor Titular (em tempo parcial) das Faculdades de Administração da USP em Ribeirão Preto e da EAESP/FGV em São Paulo, especialista em planejamento estratégico do agronegócio. Vinícius Cambaúva é associado na Markestrat Group, formado em Engenharia Agronômica pela FCAV/UNESP e aluno de mestrado na FEA/USP em Ribeirão Preto – SP. Beatriz Papa Casagrande é consultora na Markestrat Group, graduada em Engenharia Agronômica pela ESALQ/USP e aluna de mestrado na FEA/USP em Ribeirão Preto – SP.
Entenda como funciona a FBN e porque ela é tão importante

A Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) tem participação significativa nos resultados do agronegócio. De fato, o nitrogênio (N) é considerado um dos elementos mais importantes para os sistemas biológicos porque faz parte da composição de ácidos nucleicos e proteínas que são essenciais para o desenvolvimento e crescimento das plantas. Além disso, também atua na síntese da clorofila possuindo, portanto, papel crucial na fotossíntese. E mais, é um dos nutrientes exigidos em maior quantidade pelas culturas, constituindo de 2 a 5% da matéria seca da planta. O nitrogênio está presente em 78% do ar que respiramos, porém os vegetais não conseguem aproveitá-lo dessa forma. A principal via de entrada do N nesses organismos é através da FBN. Esse processo é feito por meio de alguns tipos de bactérias – principalmente as dos gêneros Rhizobium e Bradyrhizobium – que convertem o nitrogênio atmosférico (N2) em amônia (NH3) para ser absorvível pelas plantas. Nas raízes, essas bactérias fixadoras de nitrogênio (rizóbios) estabelecem uma relação de simbiose com plantas leguminosas, como por exemplo a soja e o feijão, induzindo a formação de nódulos. São nessas estruturas que esses microrganismos utilizam uma enzima chamada nitrogenase para catalisar a redução das formas de nitrogênio e torná-lo disponível para a cultura. Contudo, para garantir uma alta eficiência da FBN nódulos suficientes, é preciso realizar a prática de inoculação, que nada mais é do que adicionar as bactérias benéficas na superfície das sementes que serão plantadas. A partir da adoção dessa técnica podemos elencar diversos benefícios: o produtor tem economia devido ao menor uso de adubos nitrogenados; a planta utiliza-se do nitrogênio que já está presente no ambiente, minimizando os impactos ambientais da adição de produtos sintéticos que são perdidos mais facilmente por lixiviação e volatilização; o uso de leguminosas como adubação verde fornece um maior teor de nitrogênio para o solo que resulta em melhoria de suas propriedades físicas, químicas e biológicas; as bactérias são promotoras de crescimento por estimularem o desenvolvimento radicular, aumentando o potencial de produção e o suporte em situações de estresses ambientais em função dos diversos papéis que os nutrientes possuem no metabolismo das plantas. A importância da FBN no agronegócio nacional A Embrapa estima que a FBN tenha uma contribuição global de 258 milhões de toneladas de nitrogênio por ano, sendo o impacto na agricultura avaliado em cerca de 60 milhões de toneladas. Tendo em vista o preço dos fertilizantes neste ano, em torno de 17 bilhões de dólares anuais deixam de ser gastos com nitrogenados, além de serem mitigados mais de 200 milhões de toneladas de CO2 equivalente olhando apenas para a cultura da soja com o uso de inoculantes. Outrora, esse processo biológico possuía um importante papel diante os desafios da recuperação de áreas degradadas, especialmente onde o uso intensivo do solo resultou na perda de matéria orgânica e produtividade. Atualmente, o Brasil ocupa a liderança no aproveitamento dos benefícios da FBN na soja e a tendência é que a aplicação desses insumos seja cada vez maior por serem produtos naturais, altamente eficientes e com relação custo-benefício bastante favorável. No contexto dos sistemas regenerativos, melhorar o ambiente solo para otimizar os resultados da FBN é uma boa prática que traz múltiplos ganhos e propicia um desenvolvimento sustentável da produção. O texto Entenda como funciona a FBN e porque ela é tão importante foi escrito por: Marcos Fava Neves é Professor Titular (em tempo parcial) das Faculdades de Administração da USP em Ribeirão Preto e da EAESP/FGV em São Paulo, especialista em planejamento estratégico do agronegócio. Vinícius Cambaúva é associado na Markestrat Group, formado em Engenharia Agronômica pela FCAV/UNESP e aluno de mestrado na FEA/USP em Ribeirão Preto – SP. Beatriz Papa Casagrande é consultora na Markestrat Group, graduada em Engenharia Agronômica pela ESALQ/USP e aluna de mestrado na FEA/USP em Ribeirão Preto – SP.
O que são bioinsumos e para que servem: controle biológico

Para entender como o controle biológico funciona, vamos voltar ao que falamos antes. Como discutido no artigo anterior, os bioinsumos podem ser caracterizados por métodos, técnicas ou produtos biológicos com origem em materiais vegetais, animais ou microbianos, e possuem funcionalidade para serem utilizados em todo o sistema agropecuário, inclusive, em alguns aspectos da produção aquícola ou de florestas plantadas. Dentro dessa infinidade de ações, hoje iremos discorrer sobre os produtos fitossanitários para controle biológico de pragas e doenças que acometem os cultivos. Esses defensivos naturais são destinados a manter a sanidade das plantas a partir do controle de pragas e insetos transmissores de doenças. Nesta categoria, os bioinsumos podem ser divididos em: substâncias produzidas por organismos (1); e agentes biológicos de controle (2). As substâncias produzidas por organismos (1) podem ser classificadas em semioquímicos (a) ou bioquímicos (b). Começando pelos Semioquímicos (a), esses compostos interferem na comunicação entre os organismos, modificando respostas seja de comportamento ou fisiológicas. São os chamados aleloquímicos – se forem de espécies distintas – e os feromônios – se forem da mesma espécie. Já os bioquímicos (b) são substâncias promotoras de processos químicos ou biológicos que são capazes de estimular e induzir resistência em plantas, como por exemplo: hormônios, reguladores de crescimento, enzimas e extratos de algas. Ambas as categorias podem ser utilizadas em sistemas de controle baseados em armadilhas. Os agentes biológicos de controle (2) podem ser microbiológicos (c) – indivíduos de origem natural e majoritariamente microscópicos, como os fungos, bactérias, vírus, protozoários e nematoides – ou macrobiológicos (d) que são os inimigos naturais que podem ser vistos a olho nu, como insetos e ácaros. Além disso, existe também a técnica de liberação de insetos estéreis, com mecanismo de ação baseado em impedir o surgimento de novos indivíduos de pragas, por meio da realização de uma reprodução ineficiente. O indivíduo estéril ao cruzar com o fértil não permite a formação de novos indivíduos. Substâncias Produzidas por Organismos (1) Agentes Biológicos de Controle (2) Semioquímicos (a) Bioquímicos (b) Agentes Microbiológicos de Controle (c) Agentes Macrobiológicos de Controle (d) Compostos químicos que provocam respostas comportamentais ou fisiológicas ao organismo alvo: feromônios e aleloquímicos. Substâncias químicas naturais promotoras de processos químicos ou biológicos: hormônios, reguladores de crescimento, enzimas, extrato de algas. Microrganismos de origem natural: fungos, bactérias, vírus, protozoários e nematoides. Inimigos naturais: insetos, ácaros e a liberação de machos esterilizados (técnica de inseto estéril). Quadro 1. Categorias dos Defensivos Naturais — Fonte: IBAMA, 2020 e ESALQ, 2022. A ação de técnicas de controle biológico As técnicas de controle biológico coletam, identificam, avaliam e utilizam organismos benéficos como estratégia no Manejo Integrado de Pragas (MIP), o qual exige a utilização de produtos biológicos como complemento para sua correta funcionalidade. A incorporação desses insumos pode reduzir o impacto ambiental, garantindo maior segurança tanto aos trabalhadores rurais quanto aos consumidores, sem contar o fato de que abrange um dos grandes desafios da agricultura atualmente, por tornar mais difícil a seleção de resistência das pragas-alvo, devido a esses organismos possuírem diversas rotas de ação. Agregar vida ao ecossistema reforça sua capacidade de regeneração e estruturação, impulsionando os sistemas produtivos a alcançarem maior equilíbrio para a construção de uma melhor qualidade de vida em nosso planeta. O que você está esperando para incorporá-los em sua propriedade adotando práticas de controle biológico? O texto O que são bioinsumos e para que servem: controle biológico foi escrito por: Marcos Fava Neves é Professor Titular (em tempo parcial) das Faculdades de Administração da USP em Ribeirão Preto e da EAESP/FGV em São Paulo, especialista em planejamento estratégico do agronegócio. Vinícius Cambaúva é associado na Markestrat Group, formado em Engenharia Agronômica pela FCAV/UNESP e aluno de mestrado na FEA/USP em Ribeirão Preto – SP. Beatriz Papa Casagrande é consultora na Markestrat Group, graduada em Engenharia Agronômica pela ESALQ/USP e aluna de mestrado na FEA/USP em Ribeirão Preto – SP.
Por que trabalhar com bioinsumos?

Trabalhar com bioinsumos é a opção de um número crescente de agricultores. Mas o que estaria impulsionando o interesse por esse tipo de produto? Afinal, eles já estão em uso há muito tempo – com efeito, compõem a gênese da atividade de cultivo da terra. Portanto, por que a alavancagem nesse momento?Decerto, a intensificação dos investimentos em pesquisas na área tem uma forte relação com isso. Realmente, é inegável que nosso conhecimento sobre os insumos biológicos se ampliou bastante nos últimos anos. Lições para trabalhar com bioinsumos Antes de tudo, bioinsumos, como o nome diz, são insumos produzidos a partir de matéria orgânica, eventualmente, viva.Sendo compostos por microrganismos, materiais vegetais, orgânicos ou naturais, eles acabam agindo de maneira mais harmônica com a plantação. De fato, sua ação não é diferente das dinâmicas que já existem na natureza – aliás, aí está o ponto de partida do desenvolvimento desse tipo de produto.Para criá-los, os pesquisadores consideram as relações ecológicas presentes no ecossistema. Em outras palavras, observam como os elementos em questão se comportam em dadas circunstâncias e, dessa forma, chegam a soluções sustentáveis para lidar com desafios comuns na agricultura.Programa Nacional de Bioinsumos. As vantagens de tal opção vão além do interesse em soluções sustentáveis, sendo apoiada por melhora na produtividade e na satisfação do cliente final. O que os números dizem sobre trabalhar com bioinsumos Seja a partir da constatação prática ou de resultados de pesquisas, o fato é que os dados indicam que trabalhar com bioinsumos é altamente promissor. Não à toa, uma pesquisa da Embrapa aponta que cerca de 95% dos agricultores acreditam no crescimento do mercado de produtos biológicos, tal confiança é creditada, principalmente, a sua contribuição para a sustentabilidade, produtividade e economia.Outras fontes revelam que, na safra 2020/2021, o mercado de bioinsumos registrou uma alta de 46% em relação ao volume comercializado na safra anterior. Andando um pouco mais para trás, a Spark Inteligência Estratégica constatou que, entre as safras 2018/2019 e 2020/2021, o mercado de insumos biológicos cresceu 40% ao ano.Sem dúvida, são números surpreendentes, contudo, estão longe de sintetizar os motivos para o crescente interesse dos agricultores por trabalhar com bioinsumos. Benefícios de trabalhar com bioinsumos Geralmente, quando um produto recebe uma adesão tão consistente, a justificativa não se resume a números. Ao contrário, eles nada mais são que consequência de um mix de necessidades de mercado atendidas. Para quem já começou a trabalhar com bioinsumos há algum tempo, é possível identificar vantagens particulares, já que, quando optamos por esse tipo de produto, podemos criar composições praticamente customizadas para fins específicos. Mas, mesmo quando olhamos para os biológicos de forma ampla, podemos identificar uma série de vantagens que atendem agricultores de maneira geral, e elas vão de segurança a questões econômicas. Custo As vantagens econômicas de trabalhar como bioinsumos se desenham a partir de vários elementos da composição de custos de uma lavoura: menor custo de produção: a vantagem financeira dos bioinsumos aparecem antes mesmo do produto chegar às prateleiras, pois seu desenvolvimento é muito mais barato que o de um químico, o que se reflete no preço final.redução dos custos em moedas internacionais: muitos dos fertilizantes e defensivos químicos usados no Brasil são importados, ou seja, variam de acordo com o câmbio, principalmente, do dólar. No caso dos insumos biológicos, em contrapartida, temos excelentes opções com produção nacional. Assim, mesmo sem abrir mão dos químicos, o produtor consegue reduzir significativamente o consumo de insumos importados em um programa de aplicação associada.ganhos com ação indireta: às vezes, ao trabalhar com bioinsumos para sanar um problema identifica-se um reflexo positivo em outro. Um produto para biocontrole de um patógeno, por exemplo, pode melhorar a nutrição da planta. Só para ilustrar de maneira mais específica, veja o que acontece no uso de inoculantes, um bioinsumo que usa bactérias para ajudar na fixação de nitrogênio. Acontece que a muitas dessas bactérias têm a capacidade de produzir hormônios de crescimento das plantas, substâncias que acabam por estimular o aumento da densidade de pelos radiculares, da taxa de aparecimento de raízes secundárias e da superfície radicular, melhorando, assim, a absorção de nutrientes e de água. Diante dessa reação em cadeia, a planta é beneficiada com maior capacidade produtiva, além de mais resistência a desafios ambientais. Segurança e saúde Por serem produzidos com microrganismos, materiais vegetais, orgânicos ou naturais, os insumos biológicos são biodegradáveis. Isso se traduz numa significativa queda nos riscos da atividade agrícola. Além da questão do meio ambiente, trabalhar com bioinsumos traz avanços para a segurança do agricultor e do consumidor. Afinal, trata-se de um tipo de produto com baixíssima toxicidade, cujos resíduos não trazem prejuízos ao solo, aos alimentos ou à saúde de quem os consome. Equilíbrio ambiental Trabalhar com bioinsumos, com certeza, é uma forma de contribuir com o meio ambiente, afinal os impactos são muito menores quando aplicamos produtos naturais à terra. Nesse caso, ainda temos a vantagem de produtos em que parte considerável do desenvolvimento leva em conta a relação que os elementos envolvidos têm entre si e com o ecossistema. Desse modo, eles usam as dinâmicas da natureza de maneira estratégica a fim de preservá-la, fazendo com que, por exemplo, o carbono gerado na produção agrícola não se perca, indo para a atmosfera. Da mesma forma, vários dos resíduos gerados na produção acabam sendo consumidos pelos microrganismos presentes no agroecossistema. A redução no consumo de água é outra consequência que observamos ao trabalhar com bioinsumos. Como eles contribuem com a estruturação do solo, melhorando a saúde da biota e a nutrição das plantas, as raízes se fixam e se desenvolvem de um modo que contribui com o aproveitamento tanto da água como dos nutrientes da terra. De novo, um efeito em cadeia, dessa vez, refletindo na redução da necessidade hídrica. Manejo integrado Trabalhar com bioinsumos não implica em abandonar os insumos químicos para sempre. De fato, ainda há situações onde soluções biológicas não são as mais adequadas. Assim sendo, a utilização de biológicos pode compor um manejo integrado. Mentalidade preventiva Resumidamente, as vantagens de trabalhar com bioinsumos
O manejo consciente é a proposta para a agricultura voltar a olhar o básico

Muitas são as técnicas e tecnologias disponíveis no mercado, mas não podemos deixar de lembrar o que realmente é importante quando falamos de manejo consciente e sustentável O ciclo produtivo é marcado por cuidado, proteção, investimento de tecnologia, planejamento e produtividade. Mas, atrelado a todo esse processo é preciso voltar o olhar ao básico e bem feito. “Muitas vezes dentro de um sistema é muito comum ações casadas, como a utilização de um produto protetivo para pragas e doenças e em conjunto a inclusão de um fertilizante, por exemplo, para nutrição da planta. Mas, será que é disso que aquele cultivo precisa?”, indaga Thiago Sylvestre, Gerente Trade Marketing da Agrivalle. O que Thiago traz com este questionamento do pensamento antes da ação. Olhar primeiro para a sua terra, observar de antemão as plantas e então agir. Incluindo a nutrição que ela precisa, somada a um cuidado de regeneração de solo, ao um melhor desenvolvimento do sistema radicular e atrelado ao cuidado e prevenção de pragas e doenças. Afinal, falar de manejo consciente e sustentável é falar de equilíbrio e principalmente nessa interação solo/planta. “Quando penso em regeneração de solo e sustentabilidade, pra mim está muito ligado a onde, como e quando eu quero chegar em termos de produtividade. E o produtor que tem esse tipo de visão consegue agregar valor ao seu negócio. Pois o Manejo Consciente é sem desperdício e sempre em busca de melhorar o ambiente do sistema produtivo”, afirma Thiago. Outro ponto importante é pensar nas técnicas utilizadas e que enriquecem o sistema, como a rotação de cultura, que, de forma simples, nada mais é que devolver a biota o que foi retirado dela. Como explica Thiago, as plantas crescem, germinam, usam os nutrientes disponíveis dentro das sementes como recurso para poderem brotar e se desenvolver, até o momento que precisam expandir e passar a absorver do solo também seus nutrientes juntamente com a água. Em sistema de troca, ela devolve “ao solo compostos com contêm carbono” e os microorganismos do solo se aproveitam deles como alimento. Quando não há rotação de cultura o que acontece é a falta da biodiversidade em microorganismos na biota. “Quando a planta utiliza muito do solo em sua produtividade e devolve muito pouco, automaticamente ela está piorando ou empobrecendo, não só a fertilidade do solo, mas também, a microbiota que precisa de equilíbrio. Por exemplo, a soja plantada trabalha 24 horas por dia e por esse conjunto de informações, é necessário olhar para outros fatores, que vão muitas vezes além de um calendário pré-estabelecido, para poder tornar o sistema mais sustentável”, orienta. A Agrivalle oferece uma linha completa de para cada um dos seus pilares de produtividade: Ativação, Proteção, potencialização e regeneração e ativação nutrição do solo. Por sua característica, o uso de bioinsumos também colabora com o manejo consciente. Apoiando o produtor que busca alta produtividade, para que ele esteja pronto para olhar para todos os fatores em seus cultivos, e promovendo equilíbrio entre todos eles. Sobre a Agrivalle Agrivalle é uma empresa do segmento de bioinsumos que atua desde 2003 no mercado agrícola. Comprometidos com a agricultura brasileira e com o sucesso dos agricultores, agrega aos seus clientes soluções transformadoras e sustentáveis para uma vida melhor. Na busca constante por inovações que impulsionam a produtividade, sustentabilidade e a regeneração, oferece ao mercado nacional e internacional portfólios robustos de produtos biológicos, fertilizantes especiais, adjuvantes, inoculantes e aditivos para outras finalidades, contribuindo para impulsionar a produtividade de maneira sustentável para as mais variadas situações e demandas do agronegócio. Amanda Pimentel
Entrevista para o programa Dia Dia Rural em 30/10/17

Entrevista transmitida no programa Dia Dia Rural (TV Terra Viva da Band) no dia 30 de outubro, onde o apresentador Otávio Ceschi Junior recebeu o Marcos Agostinho Petean Gomes, engenheiro agrônomo, que fala sobre como é feito o controle biológico para cigarrinha em cana.
Agrivalle apresenta inseticida biológico para o controle de cigarrinha das raízes em cana-de-açúcar
Inseticida biológico Gr-inn, a base do fungo Metarhizium anisopliae, para o controle da Cigarrinha da Cana-de-açúcar.