Quer saber quais são as linhas de financiamento de bioinsumos? Pois saiba que há vários instrumentos de crédito e fomento disponíveis para impulsionar este setor, tanto no que tange à aquisição de produtos para biocontrole como para sua fabricação.
Desde 2020, incentivos financeiros a ações de desenvolvimento sustentável no que diz respeito aos bioinsumos vêm sendo oferecidos por meio de programas governamentais com a criação do Programa Nacional dos Bioinsumos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A partir daí, diversas iniciativas continuam sendo fortalecidas e estão se tornando cada vez mais verdes com a liberação do Plano Safra ano após ano.
Alternativas de linhas de financiamento de bioinsumos
O Programa ABC que conta com o Pronaf ABC+ Bioeconomia, oferece financiamento a agricultores e produtores rurais familiares para investimento na utilização de tecnologias de energia renovável, tecnologias ambientais, armazenamento hídrico, pequenos aproveitamentos hidroenergéticos, silvicultura e adoção de práticas conservacionistas e de correção da acidez e fertilidade do solo, visando sua recuperação e melhoramento da capacidade produtiva. É nesse contexto que ele disponibiliza linhas de crédito para projetos de construção ou ampliação de unidades de produção de bioinsumos e biofertilizantes na propriedade rural, para uso próprio.
O Programa Inovagro financia a incorporação de inovações tecnológicas nas propriedades rurais – visando ao aumento da produtividade e melhoria de gestão – também oferece fomento via crédito rural nas modalidades de custeio para aquisição de bioinsumos ou investimento para montagem de biofábricas.
Já para as cooperativas, as linhas de crédito estão inseridas no Prodecoop (Programa de Desenvolvimento Cooperativo), com incentivos à aquisição de equipamentos para a produção de bioinsumos. Esses recursos são maiores e possibilitam a ampliação da participação de produtos dessa natureza a mais agricultores.
Ainda, é possível contar com a linha do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento) denominada BNDES Agro, também operada pelos agentes financeiros que operam no crédito rural. Em 2021, o BNDES passou a permitir também que o setor de bioinsumos seja financiado por mais duas linhas de crédito que serão permanentes. A primeira delas é a BNDES Finem, que foca operações superiores a R$ 20 milhões. A segunda, é a BNDES Crédito Rural, que é voltada para produtores de pequeno porte, abrangendo inclusive pessoas físicas.
Dessa forma, o BNDES passa a oferecer crédito de maneira estável para os bioinsumos, tornando permanente o incentivo em vez de deixá-lo limitado à execução do orçamento definido anualmente. Dessa forma, pode estimular a adoção de práticas cada vez mais sustentáveis no agronegócio brasileiro, o que vai contribuir para mitigar os impactos ambientais e ainda fortalecer nossa competitividade internacional.
Além do efeito positivo para o meio ambiente, os bioinsumos podem contribuir para a diminuição da dependência do setor externo no fornecimento de fertilizantes, tendo em vista que o Brasil é um dos maiores importadores mundiais de produtos químicos, especialmente fertilizantes e defensivos agrícolas. Com novos programas e incentivos fica cada vez mais possível incorporá-los na propriedade, não é mesmo produtor?
Ninguém melhor que a Agrivalle para lhe oferecer o que há de mais inovador em tecnologia para a sua lavoura. Se eu fosse vocês, aproveitaria as oportunidades oferecidas pelas linhas de financiamento de bioinsumos e não deixaria de potencializar meus resultados e obter mais sucesso durante a jornada de produção!
O texto Linhas de financiamento de bioinsumos – aquisição e produção foi escrito por:
Marcos Fava Neves é Professor Titular (em tempo parcial) das Faculdades de Administração da USP em Ribeirão Preto e da EAESP/FGV em São Paulo, especialista em planejamento estratégico do agronegócio.
Vinícius Cambaúva é associado na Markestrat Group, formado em Engenharia Agronômica pela FCAV/UNESP e aluno de mestrado na FEA/USP em Ribeirão Preto – SP.
Beatriz Papa Casagrande é consultora na Markestrat Group, graduada em Engenharia Agronômica pela ESALQ/USP e aluna de mestrado na FEA/USP em Ribeirão Preto – SP.