A produtividade agrícola é uma preocupação comum ao agronegócio em todo o mundo. Naturalmente, é assim no Brasil também, só que vivemos um contexto bastante particular e (podemos dizer) vantajoso. Isso porque um grande aliado da capacidade produtiva no campo está em alta por aqui em todos os sentidos.
A indústria de bioinsumos está em plena efervescência, com pesquisas e desenvolvimento a todo vapor. Em paralelo, vem firmando seu papel entre os protagonistas do ecossistema agrícola, com um número crescente de produtores adotando o controle biológico, além do reconhecimento de entidades do setor e incentivos do Estado.
É claro que nada disso veio à toa. Todo esse movimento decorre dos resultados acima da média na produtividade agrícola alcançada em cultivos tratados com bioinsumos. Estamos falando de um coringa, que traz equilíbrio para o ciclo como um todo, ou seja, que contribui com o solo, com as plantas e os produtos que nascem delas, com as pessoas que trabalham no campo e consomem tais produtos e – por fim ou em consequência – com o meio ambiente.
Uma fonte para a agricultura sustentável
Sobre a versatilidade dos insumos biológicos, podemos dizer que ela é, no mínimo, ampla. Conseguimos identificar esta polivalência tanto na correção da questão imediata que motivou a aplicação como em reflexos inesperados mas importantes o bastante para fazer a diferença.
“Às vezes, ao trabalhar com biológicos para sanar um problema, identifica-se um reflexo positivo em outro. Um produto para biocontrole de um patógeno, como os nematóides ou as pragas aéreas, pode atuar como fungicida de solo”, explica o agrônomo e diretor de marketing da Agrivalle, Luiz Cláudio Micelli.
São ganhos indiretos, no entanto, fundamentais para a produtividade agrícola. Vale considerar que podem, inclusive, ultrapassar o limite da planta cuja patologia está sendo tratada. Depois de usar um bioinsumo para combater uma disfunção específica, por exemplo, o produtor pode notar um aumento na população de polinizadores naturais.
O segredo está na origem desses insumos, afinal, estamos falando de produtos compostos, sobretudo, por matéria orgânica (microrganismos, resíduos de vegetais ou animais etc.), o que permite que atuem de forma mais harmônica com o ecossistema da área de cultivo.
É dessa maneira que, enquanto tratam um problema, os bioinsumos trazem benefícios substanciais para a microbiota, tratando o solo a longo prazo, com reflexos na fertilidade, no consumo de água e – é claro – na produtividade agrícola.
Multifuncionalidade na agricultura
No que tange a sua ação direta, os insumos biológicos, atuam nos mais variados problemas identificados numa plantação. Da mesma forma, atendem a diversas culturas, independente do porte da lavoura.
De fato, temos à nossa disposição incontáveis opções ecologicamente amigáveis e benéficas para a produtividade agrícola. Eles agem tanto no tratamento de patologias e pragas como na promoção do desenvolvimentos de plantas, no fortalecimento das raízes e na fertilização no solo.
Em poucas palavras, são bionematicidas, biofungicidas, bioestimulantes, bioinseticidas, entre outros que, naturalmente, cumprem funções de controle biológico, nutrição, fortalecimento e desenvolvimento.
Como se não bastasse, some-se a isso, a fixação biológica de nitrogênio (FBN), função indispensável à sobrevivência de qualquer forma de vida na Terra. Os inoculantes são a alternativa biológica capaz de assegurar que uma plantação conte com nitrogênio suficiente para garantir suas necessidades primordiais para sobrevivência e, consequentemente, para a produtividade agrícola.
Antes deles, agricultores de todo o mundo dependiam de fertilizantes químicos nitrogenados. Só que o custo das aplicações deste insumo é bem mais alto que qualquer bom resultado de safra, já que é daí que vem grande parte das emissões de gás carbônico que a indústria agrícola emite – bastam 100 kg de fertilizante químico nitrogenado para que 1 tonelada de gases geradores do efeito estufa se instalem na atmosfera.
Produtividade agrícola sustentável
Se restou alguma dúvida sobre o que nos leva a dizer que os bioinsumos são coringas da produtividade agrícola, ainda temos uma peça nesse quebra-cabeças.
Além de promover o manejo da lavoura em harmonia com o meio ambiente e de garantir condições de desenvolvimento saudável na plantação, eles criam condições favoráveis para a autossuficiência da agricultura nacional.
Grande parte dos agroquímicos utilizados no Brasil são importados de diversos países, em especial do leste europeu. Acontece que, o ônus de depender do mercado externo para um subsídio tão importante para a produtividade agrícola, que já era alto, se intensificou com a pandemia e a guerra entre Ucrânia e Rússia.
Os efeitos da crise de abastecimento decorrente das restrições de deslocamentos e lockdowns em todo o mundo, afetou consideravelmente a distribuição dos insumos químicos importados, bem como seus preços. No final de 2021, ou seja, antes do conflito entre Rússia e Ucrânia, um relatório do Rabobank trouxe dados surpreendentes. Só para ilustrar, segundo o estudo, entre janeiro e outubro de 2021, a ureia teve um aumento de 150%, e o cloreto de potássio ficou 206% mais caro.
Outras cartas do baralho
Sempre que os bioinsumos entram na equação, a lavoura se beneficia, seja distribuindo os efeitos de seu uso para as plantas, as pessoas ou o planeta. Em síntese, eles trazem para o agronegócio benefícios diretos – uma área de cultivo saudável e produtiva –, implícitos – uma relação de equilíbrio com o meio ambiente – e indiretos – mais independência para o agricultor brasileiro.
Tantas vantagens para a produtividade agrícola motivaram iniciativas que estimulam a adoção dos insumos biológicos. É o caso do Programa Nacional de Bioinsumos e de uma série de linhas de financiamento.
Como parte da rede que se criou em torno dos biológicos, a Agrivalle trouxe para o mercado produtos que alcançam excelentes resultados em lavouras de todo o Brasil, como bioestimulantes – Algon e do Raizer –, biofungicidas – Shocker e Twixx-A – e bionematicida – Profix.